Em dia marcado pela imposição de tarifas pelo governo norte-americano, o Ibovespa hoje acompanha os mercados globais e sofre com a aversão ao risco. Às 15h45 desta segunda-feira (3), o principal índice da B3 recua 0,22% aos 125.856,31 pontos, tendo alcançado máxima a 126.473,23 pontos.
Na última sexta-feira (31), a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, confirmou a aplicação de tarifas de 25% sobre importações do México e do Canadá, assim como de taxas de 10% para a China. Já no sábado (1º), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma ordem impondo a nova política tarifária.
Contudo, no início da tarde desta segunda (3), Claudia Sheinbaum, presidente do México, disse em sua conta no X (antigo Twitter) que conversou com Trump e chegou a uma série de acordos com o republicano, incluindo a obtenção de uma pausa de um mês na imposição de tarifas ao país latino-americano. Em publicação na rede Truth Social, o presidente dos EUA confirmou a informação.
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Com a notícia, os índices acionários reduziram as perdas em Nova York, mas ainda seguem no campo negativo. Nasdaq cai 0,81%, enquanto Dow Jones e S&P 500 cedem 0,13% e 0,58%, respectivamente. Como parte do acordo com Trump, Sheinbaum concordou em enviar 10 mil soldados mexicanos à fronteira com os EUA para o combate ao tráfico de drogas.
As bolsas da Europa fecharam em baixa hoje, pressionadas pelos temores da expansão de uma guerra comercial. Elas chegaram a recuar mais de 2% na abertura do pregão, mas limitaram as quedas com a sinalização de acordos sobre o tema.
A Vale (VALE3), a ação de maior peso no Ibovespa, que recua 0,87%. O minério de ferro negociado na Bolsa de Cingapura, para entrega em março de 2025, caiu 1,23% na sessão, enquanto os negócios na Bolsa chinesa de Dalian seguiram fechados devido ao feriado do ano novo lunar.
Na ponta positiva do índice da B3, quem lidera os ganhos do dia são as ações da Automob (AMOB3), que avançam 3,23%. Os papéis, por serem classificados como penny stocks (ativos cotados a menos de R$ 1), tendem a sofrer maiores oscilações nas sessões. Outros destaques positivos são Hypera (HYPE3), Eneva (ENEV3) e Cemig (CMIG4), com altas de 3,17%, 2,54% e 2,19%, respectivamente.
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Do lado oposto, as ações da Azul (AZUL4) e da Braskem (BRKM5) registram as maiores quedas do Ibovespa hoje. Enquanto a primeira tomba 5,87%, a segunda cede 4,20%. O movimento é de realização de lucros, já que AZUL4 acumula valorização de 18,13% nos últimos 30 dias e BRKM5 sobe quase 20% no mesmo período.
No mercado doméstico de câmbio, o dólar hoje passou a cair com o acordo entre Estados Unidos e México sobre a política tarifária de produtos importados. A moeda americana recua 0,28% nesta tarde cotada a R$ 5,820, depois de chegar a atingir mínima a R$ 5,8165. A divisa fechou em baixa nos últimos dez pregões, terminando janeiro com perdas mensais de 5,56% em comparação ao real.
*Com informações do Broadcast