

O Ibovespa hoje fechou no campo positivo, de olho na prévia da inflação brasileira e na guerra comercial entre os Estados Unidos e a China. Nesta sexta-feira (25), a principal referência da B3 subiu 0,12% aos 134.739,28 pontos, fechando no maior patamar desde o dia 17 de setembro de 2024, então a 134.960,19 ponto
Em entrevista à revista Time, o presidente Donald Trump, disse que o presidente chinês, Xi Jinping, ligou para ele dizendo que consideraria uma vitória se os “EUA tiverem tarifas de 50% daqui a um ano”. Em resposta, a gigante asiática afirmou que não está participando de conversas com os estadunidenses.
“Faltam novidades em relação a tarifas. Uma hora o presidente dos Estados Unidos fala uma coisa em relação à China, o país desmente. Os investidores estão esperando informações novas sobre as tarifas. Então, as notícias estímulos chineses não ajudam [ficam em segundo plano]”, diz Luiz Roberto Monteiro, operador da mesa institucional da Renascença.
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Por aqui, a alta de 0,43% registrada em março pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) foi a mais branda desde janeiro de 2025, quando subiu 0,11%. Considerando apenas os meses de abril, o resultado foi o mais elevado para o mês desde 2023, quando subiu 0,57%.
O resultado fez a taxa acumulada em 12 meses acelerar pelo terceiro mês consecutivo, segundo os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em abril de 2024, o IPCA-15 tinha registrado alta de 0,21%. A taxa do IPCA-15 acumulada em 12 meses passou de 5,26% em março de 2025 para 5,49% em abril de 2025, maior resultado desde fevereiro de 2023, quando estava em 5,63%.
Na Bolsa brasileira, as ações da Marfrig (MRFG3) dispararam 8,45% e lideraram os ganhos do dia. Segundo Hugo Queiroz, sócio da L4 Capital, os papéis foram impulsionados pela visão do mercado de que a China passará a importar mais do Brasil e a exportação de suínos deve se valorizar. Ele também diz que a expectativa é de que os resultados do primeiro trimestre de 2025 da empresa do setor sejam positivos.
Do lado oposto, os ativos da Azul (AZUL4) derreteram 17,37% e registraram a maior baixa do Ibovespa hoje. O papel passou por leilão por oscilação máxima permitida durante a manhã, em uma operação de 100 ações, cotadas a R$ 2,09, entre XP (compradora) e Mirae Asset (vendedora). A desvalorização também refletiu a percepção do mercado sobre a captação de R$ 1,66 bilhão para fechar a etapa da reestruturação da companhia.
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As ações da Vale (VALE3) também se destacaram na ponta negativa do índice e cederam 2,64% após a mineradora divulgar o seu balanço do primeiro trimestre de 2025. No período, a empresa registrou o lucro líquido de US$ 1,394 bilhão, queda de 17% ante igual intervalo de 2024. Na comparação trimestral, a mineradora reverteu o prejuízo de US$ 694 milhões reportado no quarto trimestre de 2024. O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado ficou em US$ 3,115 bilhões, queda anual de 9% e 18% menor na comparação trimestral.
Para a Genial Investimentos, o lucro da Vale não foi cativante, mesmo que a empresa tenha apresentado ganhos de eficiência. Segundo os especialistas, a mineradora teve uma boa performance no custo caixa (C1), que ficou em US$ 21 por tonelada, queda de 10,4%. O número veio 6,2% abaixo do que era esperado pela Genial e atingiu o menor nível de custo para um primeiro trimestre desde 2022 – veja mais análises de especialistas nesta matéria.
No mercado doméstico de câmbio, o dólar hoje recuou 0,06%, a R$ 5,6878, depois de abrir a sessão em alta de 0,10%, a R$ 5,696.
*Com informações do Broadcast
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