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O Ibovespa hoje inverteu o sinal visto na abertura e fechou em queda, em dia de correções, depois de subir 1,69% na véspera. Nesta quarta-feira (13), o principal índice da B3 recuou 0,89% aos 136.687,32 pontos. As atenções do mercado estiveram no plano de contingência brasileiro contra o tarifaço americano, anunciado no começo desta tarde.
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Durante a apresentação do plano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou uma medida provisória (MP) para viabilizar a linha de crédito de R$ 30 bilhões. Ele disse que o governo estava “passando a bola” para o Congresso. Os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União-AP) participaram da cerimônia. “Quanto mais rápido votarem, mais rápido afetados serão beneficiados”, cobrou o presidente.
Segundo o vice-presidente Geraldo Alckmin, o governo vai elevar o Reintegra para as grandes empresas que exportam para os Estados Unidos, dando crédito tributário de 3%, e ampliando para 6% o percentual para pequenas empresas. Além disso, o chamado drawback, quando os produtos importados usados como insumos para exportação geram crédito tributário, será prorrogado por um ano. Veja os detalhes aqui.
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Danilo Coelho, economista e especialista em investimentos, acredita que, no primeiro momento, as medidas podem ajudar as empresas afetadas. “No entanto, o passo principal do governo precisa ser começar a olhar como redirecionar essa produção para outros parceiros comerciais”, avalia. “Como estamos falando de um governo com as contas muito apertadas, acredito que esse pacote pode acabar penalizando ainda mais o nosso fiscal e, sem dúvidas, pode acabar gerando um certo nível de pressão em juros, mas, por outro lado, é um pacote que consegue ajudar empresas”, acrescenta.
O dólar hoje recuou ante a grande maioria das moedas pelo mundo após o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, dizer “haver uma boa chance” de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) corte seus juros em 50 pontos-base. Ante o real, a moeda americana subiu 0,27% a R$ 5,4018, depois de fechar o pregão anterior no menor nível desde junho de 2024.
Na agenda, o destaque do dia ficou por conta dos dados de vendas no varejo em junho, que ficaram aquém das estimativas tanto na leitura restrita quanto na ampliada, que inclui material de construção, veículos e atacado alimentício. O dado mostrou queda de 2,5% no período, bem abaixo da estimativa mais pessimista, que apontava queda de 0,9%.
Ainda na lista de dados, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) medido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) voltou a cair em agosto e ficou pelo oitavo mês consecutivo abaixo da linha divisória dos 50 pontos, que denota pessimismo do setor. Na passagem de julho para agosto, o indicador recuou de 47,3 para 46,1 pontos.
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Quanto às commodities, ainda embalado pela trégua entre Estados Unidos e China na sobretaxação de importações, o minério de ferro fechou em alta de 0,62% na Ásia e pode limitar as correções entre ações do setor metálico. Os preços do petróleo recuaram, com efeitos negativos sobre os papéis de commodities energéticas.
Os mercados globais tiveram um dia positivo. Em Nova York, Dow Jones avançou 1,04%, enquanto S&P 500 e Nasdaq registraram ganhos de 0,32% e 0,14%, respectivamente. As Bolsas da Europa, por sua vez, fecharam em alta.
O sinal foi positivo nos mercados de ações em Nova York e Europa, ainda ecoando a maior chance de o Fed voltar a cortar juros e o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) americano considerado benigno.
O presidente do Fed de Richmond, Tom Barkin, disse que há muitos sinais de que os consumidores com rendas baixas e moderadas estão mais pressionados hoje do que há alguns anos, o que pode reduzir seus gastos e diminuir o impacto inflacionário das tarifas.
Na agenda internacional, o presidente russo, Vladimir Putin, e o líder norte-coreano, Kim Jong Un, prometeram fortalecer a cooperação poucos dias antes da cúpula de Putin com Donald Trump no Alasca, informou a mídia estatal de Pyongyang nesta quarta-feira.
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O dólar hoje caiu ante outras moedas de economias desenvolvidas nesta quarta-feira, ampliando robustas perdas de ontem. O índice DXY do dólar – que acompanha as flutuações da moeda americana em relação a outras seis divisas relevantes – recuou 0,27%.
As vendas do comércio varejista caíram 0,1% em junho ante maio, na série com ajuste sazonal, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado veio abaixo da mediana positiva de 0,8% e dentro do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que esperavam desde uma queda de 0,7% a uma alta de 1,5%.
Na comparação com junho de 2024, sem ajuste sazonal, as vendas do varejo tiveram alta 0,3% em junho de 2025. Nesse confronto, as projeções iam de uma alta de 1,4% a 4,3%, com mediana positiva de 2,7%.
Ainda na agenda econômica desta quarta-feira, o presidente do Federal Reserve (Fed) de Chicago, Austan Goolsbee, afirmou que se a inflação seguir para a direção errada, “será necessário agir”, ao participar de rodada de perguntas e respostas em evento da Câmara de Comércio de Springfield, em Illinois, nesta quarta-feira.
“Temos que nos manter atentos com os dois mandatos do Fed”, disse. O duplo mandato do BC americano prevê estabilidade de preços e pleno emprego. “Há alguns sinais de alerta no mercado de trabalho, é preciso ‘ficar de olho’ nisso também”, acrescentou.
A JBS (JBSS3) divulga balanço após o fechamento do mercado, enquanto a Porto (PSSA3) reportou receita recorde nesta manhã – veja o calendário de balanços desta semana.
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Esses e outros dados do dia ficaram no radar de investidores e impactaram as negociações na bolsa de valores brasileira, influenciando o índice Ibovespa hoje.
*Com informações de Luciana Xavier e Silvana Rocha, do Broadcast
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