O Ibovespa é o principal índice da B3, a Bolsa de Valores brasileira. Foto: Divulgação/B3
O Ibovespa hoje estende o movimento de alta registrado nos últimos dias e chegou a alcançar o maior nível em sete meses, na sua máxima do dia, aos 136.149,74 pontos. Assim, o índice caminha também para concluir abril com a maior valorização mensal em cinco anos. Às 16h14 (de Brasília), a principal referência da B3 avança 0,29%, aos 135.406,00 pontos.
Dados dos Estados Unidos divulgados hoje mostraram queda na confiança dos consumidores neste mês e uma criação de empregos menor que a esperada em março. Os resultados apoiaram a expectativa de corte nos juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) até o final do ano, o que favorece ativos de maior risco, como os brasileiros.
Além disso, circularam notícias de que o presidente Donald Trump deve afrouxar as tarifas de importação aplicadas ao setor automotivo. Fontes do Dow Jones Newswires disseram, ontem, que o presidente estadunidense deverá suavizar o impacto de suas tarifas automotivas, impedindo que os impostos sobre carros fabricados no exterior se somem a outras tarifas que ele impôs e aliviando algumas taxas sobre peças estrangeiras.
Entre os indicadores domésticos, o destaque fica com o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), conhecido como a inflação do aluguel, que avançou 0,24% em abril, após queda de 0,34% em março, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado, o indicador acumula alta de 1,23% no ano e de 8,50% nos últimos 12 meses.
Na Bolsa brasileira, as ações do GPA (PCAR3) disparam 5,88% e lideram os ganhos da sessão. Artur Horta, da GTF Capital, destaca que hoje é o último dia para aquisição de papéis da empresa para que investidores possam participar da assembleia que vai eleger o novo conselho de administração da varejista. Ele lembra o interesse do empresário Nelson Tanure e Rafael Ferri no tema.
Ativos da Gerdau (GGBR4) também se saem bem no pregão e avançam 0,19%, após a companhia reportar o lucro líquido de R$ 756 milhões no primeiro trimestre de 2025, uma queda de 39,4% em relação ao mesmo período de 2024. A receita líquida, por sua vez, somou R$ 17,375 bilhões, alta de 7,2%.
A empresa afirma que, na comparação com o trimestre imediatamente anterior, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), que alcançou R$ 2,397 bilhões, ficou estável em função dos melhores resultados no Segmento da América do Norte, influenciados por maiores volumes de vendas; da redução dos custos das vendas na América do Sul; e da redução de Despesas de Vendas, Gerais e Administrativas em todos os segmentos.
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Do lado oposto, as ações da Azul (AZUL4) tem um novo dia de tombo e caem 9,74%, sendo essa maior queda do Ibovespa hoje. No mês de abril, as perdas da companhia aérea são de 46,81%. Investidores ainda reagem ao follow-on (oferta subsequente de ações), que captou R$ 1,6 bilhão, provocando forte correção no papel. Na esteira da oferta, o JPMorgan retirou o preço-alvo da ação e reforçou recomendação neutra, considerando a forte diluição de acionistas minoritários, que pode chegar a 85% considerando todas as iniciativas de gestão de passivos.
No mercado de câmbio doméstico, o dólar hoje recua 0,24%, a R$ 5,633, depois de abrir com alta de 0,19%, a R$ 5,658.