A região Norte do Brasil concentra a maior taxa de inadimplência do País, entre os produtores rurais, atingindo 38,7%. Na sequência está o Nordeste, com 32,8% dos produtores rurais negativados, e o Centro-Oeste, com 31,5%. No Sudeste e no Sul, o cenário é ameno, com as regiões registrando 25,0% e 15,6%, respectivamente. Os dados fazem parte do Indicador trimestral de Inadimplência do Produtor Rural da Serasa Experian, divulgado na terça-feira (11).
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Conforme a pesquisa, em março deste ano, 27,4% dos produtores rurais estavam com o nome em vermelho no País. A fotografia analisada mostra que houve uma oscilação de 0,4 pontos porcentuais em comparação com o levantamento anterior, feito em novembro de 2022.
A Serasa Experian pondera que a inadimplência é um fator financeiro que ocorre em todas as áreas e, quando olhamos para a fatia do agronegócio, podemos perceber sua baixa representatividade. “A maior parte dos produtores rurais brasileiros consegue evitar a negativação e continuar gerando empregos, cultivando e expandindo seus ganhos e mitigando os riscos de suas negociações”, diz a empresa.
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O levantamento mostra, ainda, que fatores como a idade e a renda mensal dos produtores rurais influenciam diretamente no nível de inadimplência. De acordo com os dados, a negativação diminui com a idade, principalmente a partir dos 51 anos.
O head de agronegócio da Serasa Experian, Marcelo Pimenta, disse na nota que o porcentual de inadimplência indicado para o setor no País não deve ser visto como algo alarmante. “Mesmo com os reflexos da instabilidade econômica, o agronegócio continua se mostrando como um dos principais motores econômicos do País”, informou. “É importante ressaltar que esse índice considera todas as dívidas do produtor no mercado, ou seja, se um produtor está adimplente com uma revenda ou uma cooperativa, mas tem dívida no cartão de crédito ou numa financeira, será considerado inadimplente. Adicionalmente, este estudo avalia todos os segmentos de produtores, do familiar ao grande exportador”, acrescentou.
Para o Indicador de Inadimplência do Produtor Rural, foram analisados cerca de 9 milhões de perfis de pessoas físicas que constam no Cadastro Positivo e que sejam donos de propriedades rurais e/ou tenham empréstimos e financiamentos da modalidade rural e/ou agroindustrial distribuídos em todas as 27 Unidades Federativas do País.
