A ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, divulgada há pouco, indicou que a projeção para o IPCA de 2023 está em 4,6% no cenário de referência. Para 2024, a projeção para o IPCA está em 2,8%.
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Atualmente, o horizonte relevante do Copom inclui os anos de 2023 e, em menor grau, de 2024, mas o BC optou por dar ênfase ao primeiro trimestre de 2024, cuja projeção é de 3,5% em 12 meses, para eliminar ruídos relacionados às desonerações tributárias adotadas este ano.
“O Comitê optou novamente por dar ênfase ao horizonte de seis trimestres à frente, que reflete o horizonte relevante, suaviza os efeitos diretos decorrentes das mudanças tributárias, mas incorpora os seus impactos secundários.”
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Para 2022, a estimativa de IPCA do BC é de 5,8%. “O Comitê julga que a incerteza em torno das suas premissas e projeções atualmente é maior do que o usual”, repetiu na ata.
A projeção para 2023 está acima do centro da meta (3,25%), mas levemente abaixo do limite superior, de 4,75%. No caso de 2024, a estimativa está aquém do alvo central (3,00%, banda de 1,50% a 4,50%). Já para este ano, mesmo após as desonerações, a projeção segue indicando novo rompimento da meta, uma vez que supera o teto de 5,00%.
O cenário de referência pressupõe a taxa de juros variando de acordo com a pesquisa Focus e o câmbio partindo de R$ 5,20 e evoluindo conforme a Paridade do Poder de Compra (PPC). Além disso, a premissa é de que o barril de petróleo segue aproximadamente a curva futura de mercado pelos próximos seis meses e sobe a 2% ao ano na sequência.
As projeções de IPCA do BC já constaram no comunicado da semana passada, quando o Copom manteve a Selic (a taxa básica de juros) em 13,75% ao ano, encerrando o mais longo ciclo de alta de juros da sua história.
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No documento, o BC ainda disse que “se manterá vigilante, avaliando se a estratégia de manutenção da taxa básica de juros por período suficientemente prolongado será capaz de assegurar a convergência da inflação”. Também alertou que “não hesitará” em retomar o ciclo de alta caso a desinflação não ocorra como esperado.
Ata anterior
Na ata da reunião anterior, em agosto, as projeções de inflação no cenário que considerava juros do Focus e câmbio PPC eram de 6,8% para 2022, 4,6% para 2023 e 2,7% para 2024.