Representantes do setor financeiro do País demonstraram, neste domingo (08), repúdio aos atos de terrorismo ocorridos em Brasília, com a invasão das sedes dos Três Poderes por manifestantes bolsonaristas radicais. Além do repúdio, as manifestações públicas pediram a punição dos responsáveis pelos atos.
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“As cenas de desordem e quebra-quebra perpetradas na tarde deste domingo em Brasília causam profunda perplexidade institucional, que exigem firme reação do Estado”, disse o presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, em nota divulgada no início da noite. A entidade representa as principais instituições financeiras do País, públicas e privadas.
“Com mais de meio de século de existência, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), integrante da institucionalidade do País, repudia com veemência as agressões ao patrimônio público nacional e a violência contra as instituições que representam o Estado Democrático de Direito”, pontuou Sidney na nota.
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Executivos também se manifestaram ao longo da noite. No Twitter, o CEO e sócio-fundador do banco de investimento BR Partners, Ricardo Lacerda, afirmou que a invasão dos palácios em Brasília foi um momento triste para a democracia do País. “Bandidos e canalhas empunhando a bandeira nacional em atos de agressão às nossas instituições. Que os reponsáveis por essa barbárie sejam punidos exemplarmente”, disse ele. A futura presidente da Caixa Econômica Federal, Rita Serrano, também pediu punição aos responsáveis pelos atos. “Assustador, essas cenas de terrorismo, destruição do patrimônio público, ameaça à democracia. O ódio é poderoso, os interesses financeiros de alguns grupos também, mas a grande maioria do povo brasileiro não ficará inerte”, escreveu ela, também pelo Twitter.
A invasão
Neste domingo, manifestantes bolsonaristas radicais invadiram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e a sede do Supremo Tribunal Federal (STF) em Brasília, e depredaram os prédios. Eles foram dispersados pela polícia no início da noite.
Os grupos destruíram vidros, salões e móveis nos três edifícios. O esquema de segurança do governo do DF foi criticado pelo governo federal. À GloboNews, o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse que os protocolos de proteção a instituições foram descumpridos pelas forças de segurança regionais.
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Como mostrou o Broadcast, os atos foram repudiados por diferentes setores econômicos do País. Na percepção de economistas e gestores, os atos violentos aumentam as incertezas no País, o que deve levar a uma reação negativa nos ativos financeiros brasileiros no pregão desta segunda-feira (09). O impacto de longo prazo dependerá da reação do governo ao movimento, e a avaliação é de que a responsabilização dos envolvidos fortaleceria a confiança nas instituições brasileiras.