Por Guilherme Bianchini – A inflação de serviços subjacentes acumulada em 12 meses chegou ao patamar mais elevado em seis anos no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) de junho, a 8,7%, diz em relatório o economista para Brasil do Barclays, Roberto Secemski. O grupo subiu, em média, 0,8% nos últimos sete meses, na margem, e passou de 0,98% para 0,86% entre maio e junho.
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“Todas as medidas subjacentes e de núcleos estão significativamente acima da meta principal do Banco Central, sugerindo a necessidade de uma política monetária mais apertada, em meio a novas pressões decorrentes da reabertura da economia e da melhora no mercado de trabalho”, afirma.
O economista também chama a atenção para a taxa acumulada em 12 meses de serviços, que subiu de 8,2% para 8,8% e alcançou o nível mais alto em quase oito anos. Na margem, houve desaceleração de 1,0% para 0,86%, acima do teto da pesquisa do Projeções Broadcast, de 0,81%. Secemski ressalta que os preços mais inerciais de serviços seguem pressionados e indicam que a desinflação ainda levará mais tempo.
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A estimativa preliminar do Barclays para o IPCA fechado de junho é de alta de 0,75%, após 0,47% em maio, com avanço de 11,73% para 11,98% no acumulado em 12 meses. Na semana passada, em decorrência das medidas de desoneração fiscal, o banco reduziu a projeção para a inflação de 2022, de 8,8% para 7,0%, e elevou a de 2023, de 4,4% para 5,0%.