As ações do IRB (IRBR3) figuram entre as maiores baixas do Ibovespa nesta quarta-feira (28), após a empresa divulgar seus resultados de 2023. Às 16h32, os papéis da companhia cedem 5,69%, cotados a R$ 38,96, após oscilarem entre máxima a R$ 41,22 e mínima a R$ 38,50.
O ressegurador encerrou o último ano com lucro líquido de R$ 114,229 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 630,341 milhões registrado em 2022. Vale destacar que os números divulgados nesta quarta seguem a norma contábil adotada pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), órgão que regula o setor de seguros e resseguros. O balanço “oficial” do IRB, com as regras adotadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), sairá apenas no final de março, com teleconferência em abril.
De acordo com o Citi, os resultados da empresa vieram abaixo do esperado pelo mercado. Para se ter uma ideia, o lucro líquido do ano, de R$ 114,229 milhões, corresponde a um lucro de R$ 4 milhões no mês de dezembro e de R$ 38 milhões no quarto trimestre de 2023, 21% abaixo do montante observado nos três meses anteriores.
No entanto, o banco acredita que a pior fase já passou para o ressegurador. “Embora a desaceleração sequencial deva colocar a ação sob alguma pressão por enquanto, a entrega contínua de resultados no azul corrobora a ideia de que o pior já passou – especialmente quando se trata de preocupações com a suficiência de capital”, afirmaram os analistas Gabriel Gusan, Maria Guedes e Karina Salva Martins em relatório aos clientes.
O Citi tem recomendação neutra para o IRB, com preço-alvo das ações de R$ 44,00, o que significa um potencial de valorização de 6,5% em relação ao fechamento de terça-feira (27), quando os papéis terminaram o dia sendo negociados a R$ 41,31.
Em 2023, o IRB também observou uma queda de 42% no volume de pedidos de indenização em relação a 2022. A redução foi fruto da estratégia da companhia de diminuir a exposição a riscos no mercado internacional e de sair de contratos que não eram rentáveis.