O Itaú BBA avalia como positiva a parceria da Oncoclínicas (ONCO3) com a Unimed Recife para assumir os serviços de tratamento oncológico ambulatorial para os beneficiários da operadora nos próximos 30 anos.
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“Espera-se que esse movimento da Oncoclínicas impulsione ainda mais seu forte crescimento em todo o território brasileiro. Notavelmente, este acordo de exclusividade não envolve quaisquer interesses minoritários no momento, o que deve aumentar a eficiência fiscal da empresa (considerando a potencial incorporação no nível HoldCo)”, diz o Itaú em relatório.
A Oncoclínicas planeja investir até R$ 280 milhões para 100% da operação, e a Unimed Nacional pode se tornar um co-investidor nesta parceria, detendo uma participação na operação, desde que participe do desembolso em dinheiro.
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A Unimed Recife é uma das maiores operadoras de saúde do Estado de Pernambuco, atendendo a 182 mil beneficiários. Em 2022, as despesas médicas da Unimed Recife relacionadas ao tratamento ambulatorial de câncer atingiram aproximadamente R$ 200 milhões, dos quais o BBA estima que R$ 175 milhões originados de seu próprio ambulatório. Com isso, o banco prevê que a receita bruta inicial para essa operação será essa mesma, de R$ 175 milhões.
Assumindo uma receita bruta de R$ 175 milhões para o próximo ano e uma margem Ebitda estimada em 25%, o banco estima que o valuation da transação seria de aproximadamente 7 vezes o múltiplo EV/Ebitda para 2024, com base em pressupostos conservadores. “Considerando os prazos estendidos dos planos de saúde nos últimos tempos, a empresa estabeleceu uma conta de custódia para mitigar esse risco associado à transação”, pontua.
O Itaú BBA tem recomendação outperform (equivalente à compra) e preço-alvo de R$ 17,00 para a ação da Oncoclínicas, 45,2% acima do fechamento do papel na segunda-feira, 11. Há pouco, a ação registrava alta de 3,59%, a R$ 12,11.