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Itaú BBA muda preço-alvo do Banco do Brasil (BBAS3) e reitera recomendação

Na visão da casa, o lucro líquido do banco deve subir 10% em 2024, o que mantém a atratividade do papel

Itaú BBA muda preço-alvo do Banco do Brasil (BBAS3) e reitera recomendação
Banco do Brasil (BBAS3). Foto: Envato Elements. (Fonte: Shutterstock)

O Itaú BBA reiterou a recomendação “outperform” (perspectiva de desempenho acima da média do mercado) para as ações do Banco do Brasil (BBAS3), mas elevou o preço-alvo de R$ 59 para R$ 65, o que implica em um potencial de alta de 16,3% em relação ao fechamento de da última terça-feira (16). Na visão da casa, o lucro líquido do BB deve subir 10% este ano, mesmo com a base forte de comparação de 2023, o que mantém a atratividade do papel.

“O papel andou bastante em 2023, mas continua descontado, e agora negocia a 0,8 vez o valor patrimonial e a 4 vezes o lucro esperado para este ano”, escreve o analista Pedro Leduc. “Em cada trimestre sucessivo em que os lucros aumentam mais, desafiando previsões pessimistas de reversão de rentabilidade, o BB tem as estimativas de médio prazo elevadas e passa a ter um desconto ainda menos justificado.”

Segundo ele, o banco público deve ser um dos poucos a mostrar margens e lucros acima do esperado pelo mercado neste ano, assim como em 2023. O BBA espera que o aumento da margem do BB com clientes compense a queda nos resultados da tesouraria, provocada pela baixa da Selic. Com isso, a margem total deve crescer 11% em 2024, ajudada também pelo crescimento da carteira de crédito e pela queda dos custos de captação.

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O lucro, por sua vez, deve ser de R$ 38,5 bilhões, alta de 10% em um ano, com um retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) de 21%. A menor produção da safra agrícola brasileira este ano não deve prejudicar os resultados, segundo Leduc, graças à diversificação da exposição do banco, às garantias e aos seguros da carteira.

O analista afirma ainda que o BB tem espaço para pagar dividendos acima dos atuais 40% dos resultados, com patamares de cerca de 50%, por exemplo. A análise considerou as posições de capital atuais do banco, os lucros esperados e potenciais recompras de títulos de dívida emitidos em dólar. O governo, que detém metade das ações do BB mais uma, poderia receber R$ 6 bilhões a mais com um pagamento de 50% dos resultados nos próximos três anos, calcula Leduc.