O Itaú BBA reiterou a recomendação de Outperform (equivalente à compra) para os ADRs (American Depositary Receipts, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) da Embraer (EMBR3), com preço-alvo de US$ 62, o que representa um potencial de alta de 29,6% ante o fechamento do papel na última quarta-feira (11) na Bolsa de Nova York. O banco avalia que após correções realizadas recentemente, a ação agora oferece um risco retorno bem equilibrado.
Para o futuro próximo, os analistas Daniel Gasparete, Gabriel Rezende e Pedro Tineo citam dois gatilhos importantes para os negócios da companhia: a realização da Paris Airshow, sobre a qual a empresa está otimista em relação a novos pedidos para as divisões Comercial e de Defesa, e o teste de voo da EVE no segundo semestre de 2025, o que pode levar a uma reavaliação da companhia.
Estes fatores associados a um valuation relativamente atraente, 16% abaixo da Airbus, tornam o papel um investimento interessante para o curto prazo, segundo os analistas.
O relatório aponta ainda como potenciais riscos para essa aposta positiva na ação os impactos adicionais da guerra comercial deflagrada pelos EUA, que pode comprometer as entregas da companhia, e os processos de recuperação judicial (Chapter 11) dos clientes brasileiros, no caso da Gol (GOLL54) e Azul (AZUL4). Sobre esse ponto, o banco estima um risco menor de 1% para a projeção do Ebit.