O Itaú BBAprevê um forte crescimento nas receitas da Minerva (BEEF3) no segundo trimestre de 2025, impulsionado pelas plantas adquiridas da Marfrig (MRFG3). Em relatório publicado antes da divulgação do balanço, marcada para 6 de agosto, o banco estima alta de 57,2% na receita líquida da companhia ante igual período do ano anterior, totalizando R$ 12,1 bilhões.
“Acreditamos que o desempenho consolidado do trimestre será impulsionado por uma maior contribuição das plantas adquiridas da Marfrig”, afirma o Itaú BBA. O banco destaca que o foco dos investidores deve recair sobre o ramp-up (aceleração) desses ativos, tanto em volume quanto em preço.
Apesar da melhora operacional, o lucro líquido da Minerva pode cair 58,1% na base anual, para R$ 40 milhões. Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado deve somar R$ 1,1 bilhão, avanço de quase 50% em relação ao segundo trimestre de 2024. A margem Ebitda, contudo, deve recuar ligeiramente de 9,7% para 9,2%.
O Itaú BBA também observa que a companhia já havia formado estoques nos Estados Unidos no primeiro trimestre, o que pode contribuir para uma melhora sequencial nos resultados com os mesmos ativos. Além disso, o banco afirma que investidores devem acompanhar de perto os desdobramentos recentes nas relações comerciais entre Brasil e EUA, avaliando o potencial da Minerva de se beneficiar de preços mais altos da carne bovina por meio de rotas alternativas de exportação.
A projeção do banco está alinhada ao consenso do mercado, que espera entre R$ 1,1 bilhão e R$ 1,2 bilhão de Ebitda no segundo trimestre. Segundo o Itaú BBA, isso indica que a empresa segue no caminho certo para cumprir as metas traçadas para o ano.
O Itaú BBA tem recomendação de desempenho acima do mercado (outperform) para a ação da Minerva, com preço-alvo de R$ 7.