O Itaú Unibanco (ITUB4) reduziu nesta segunda-feira (10) sua projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano. A estimativa passou de 5,3% para 5,1%, com riscos “predominantemente baixistas”, enquanto a expectativa para o dado fechado em 2024 foi mantida em 4,4%.
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“A recente diminuição da desancoragem das expectativas longas após a manutenção da meta de inflação em 3% é bem-vinda e a sua acentuação é um risco de baixa para a nossas projeções”, afirma o relatório assinado pelo economista-chefe Mario Mesquita.
O banco explica que a mudança na previsão de IPCA 2023 decorre do corte dos preços da gasolina na refinaria anunciado em junho pela Petrobras e da menor inflação de produtos industriais, seguindo a queda de commodities em reais e a resolução dos gargalos de produção.
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O Itaú indica que a possibilidade de o IPCA deste ano ficar menor do que a estimativa deve-se à chance de um corte adicional nos preços da gasolina para compensar totalmente a alta de impostos na bomba.
Outro fator de alívio, segundo o banco, é a estimativa de câmbio atingindo níveis mais valorizados, o que pode intensificar o processo de desinflação de comercializáveis em curso.
Do lado da pressão de alta no IPCA, o Itaú menciona o El Niño. Conforme a instituição, caso o fenômeno afete significativamente o volume de chuvas na região Sul do Brasil, os preços de produtos in natura podem ficar mais pressionados no final do ano.
2024
Um dos motivos pelos quais a instituição manteve a projeção de IPCA de 2024 em 4,4% é o fato de que, apesar da inércia ligeiramente menor, o mercado de trabalho ainda apertado deve continuar pressionando a inflação de serviços no próximo ano, cita.