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- O Itaú espera dólar de 5,30 reais no término de 2021 e de 5,50 reais ao fim de 2022
(Reuters) – O Itaú Unibanco manteve suas projeções para a taxa de câmbio ao fim de 2021 e 2022, com riscos relacionados à pandemia e ao fiscal compensados pela alta de juros e das commodities, mas passou a ver crescimento econômico e inflação maiores, por sinais de que os impactos da segunda onda de Covid-19 têm sido menos pronunciados.
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Em revisão mensal de cenário, o banco considerou haver indicações de arrefecimento da segunda onda de coronavírus, em meio ao avanço da vacinação, sobretudo da população sob maior risco. Mas ponderou que os sistemas de saúde ainda estão pressionados e que existem riscos relacionados ao surgimento de novas variantes, à eficácia das vacinas e à chegada de insumos e imunizantes do exterior.
Esses fatores ainda pesam sobre a taxa de câmbio, mas são amenizados pelos efeitos da alta da Selic e da valorização das matérias-primas –o que tem elevado os termos de troca. Segundo o Itaú, o aperto monetário já começa a se refletir em fluxos comerciais e financeiros mais favoráveis, abrindo espaço para apreciação da moeda brasileira no curto prazo.
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“(Mas) para 2022, o cenário global de retirada de estímulos, juros mais elevados e dólar mais forte tende a pressionar o real e outras moedas emergentes”, disse em relatório a equipe de pesquisa econômica do banco, chefiada por Mario Mesquita.
O Itaú espera dólar de 5,30 reais no término de 2021 e de 5,50 reais ao fim de 2022. A moeda era negociada em torno de 5,21 reais nesta sexta-feira. O banco ainda vê Selic de 5,50% em dezembro deste ano.
Enquanto no câmbio o cenário seguiu sem grandes alterações, na economia o Itaú passou a ver chances de maior crescimento no ano fechado e revisou o prognóstico para 4% (de 3,8% antes), com sinais de retomada do setor de serviços no mês passado, à medida que diversos Estados relaxam as restrições à mobilidade e ao funcionamento de estabelecimentos.
“Como esperávamos, o crescimento expressivo da economia global e a esperada redução na taxa de poupança das famílias brasileiras atenuam o efeito negativo da redução da renda disponível sobre a demanda.
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Para 2022, o banco manteve projeção de 1,8%, com carrego menor vindo de 2021 e esperada redução de estímulos no Brasil e no mundo.