Por Guilherme Bianchini – A redução das alíquotas de ICMS de bens e serviços essenciais e as medidas propostas na PEC dos Benefícios levaram o Itaú Unibanco a piorar a expectativa para o resultado primário deste ano de zero para déficit de 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB). Ao considerar que parte das medidas adotadas em 2022 será permanente, o banco também revisou a projeção para o resultado primário de 2023, de déficit de 0,1% para déficit de 1,5% do PIB.
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“Especificamente, entendemos que a menor alíquota de ICMS de bens essenciais reduzirá a receita dos governos subnacionais, e supomos que o aumento de pagamentos e de beneficiários do Auxílio Brasil será tornado permanente”, diz o Itaú em relatório.
Com o aumento da pressão nas contas públicas, o banco elevou a estimativa para a dívida bruta em 2023 de 82% para 84% do PIB. Para este ano, a previsão segue em recuo a 79%, de 80% em 2021.
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“Estruturalmente, a combinação de endividamento elevado em uma economia emergente, com juros altos e dúvidas sobre o marco institucional que baliza as contas públicas, em cenário de aumento de gastos sociais, implica riscos significativos para a trajetória fiscal à frente”, alerta.