O JPMorgan elevou a projeção para o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, de 130 mil pontos para 135 mil pontos, ao fim deste ano. Como justificativa, o gigante de Wall Street cita a melhora no cenário macroeconômico em relação ao início do ano: uma taxa de juros terminal mais baixa, 11% contra 12%, e maior crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, 2,4% ante 0,5%.
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Apesar de o México ser o mercado emergente com melhor desempenho no ano, com alta de 26%, o JPMorgan vê o Brasil como o protagonista do segundo semestre diante da expectativa da queda dos juros no País. O banco americano está com recomendação overweight para o mercado acionário local, ou seja, acima das expectativas, e projeta crescimento de 23% para o Ibovespa neste ano, considerando a nova projeção, de 135 mil pontos.
“Achamos que o protagonista do segundo semestre será o Brasil, tendo em vista o ciclo de flexibilização [de juros] que se aproxima. De fato, no mês passado, o Brasil assumiu a liderança sobre o México pela primeira vez neste ano. Achamos que isso vai continuar”, diz o JPMorgan, em relatório publicado nesta sexta-feira (16).
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De acordo com o banco, a América Latina tem uma “arma monetária muito poderosa” capaz de impulsionar as ações da região: o início do ciclo de redução de juros. Dos cinco países que o banco vê cortando as taxas na segunda metade do ano, quatro estão na região – Chile, Peru, Colômbia e Brasil.
“Não apenas achamos que a maioria dos países da América Latina chegará primeiro ao ciclo de flexibilização, mas também o tamanho da flexibilização provavelmente será maior do que outros pares de mercados emergentes, alimentando os mercados de ações”, diz o JPMorgan. “Acreditamos que isso será especialmente importante para o Brasil e o Chile”, acrescenta.