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Juros fecham em alta, à espera de dado econômico dos EUA

As taxas subiram ao fim do pregão desta quinta-feira (7), alinhadas ao sinal dos rendimentos dos Treasuries

Juros fecham em alta, à espera de dado econômico dos EUA
(Foto: Envato Elements)

Os juros futuros seguiram com oscilações contidas na tarde desta quinta-feira (7), com o mercado relativizando a agenda carregada do dia e em compasso de espera pelo relatório de emprego nos Estados Unidos amanhã. No fechamento, as taxas exibiam viés de alta, alinhadas ao sinal dos rendimentos dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano) longos. Lá fora, a entrevista da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, após a reunião de política monetária, e o discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Jerome Powell, no Senado americano foram monitorados sem impacto nas taxas locais.

A curva também não se deixou levar pela deflação maior do que o consenso mostrada pelo IGP-DI de fevereiro nem pelo superávit do setor público acima da mediana das estimativas. A entrevista do diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, foi acompanhada com atenção. O Tesouro trouxe um leilão de prefixados com maior risco para o mercado, ajudando a limitar a movimentação pela manhã.
A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 fechou a 9,880%, de 9,873% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2026 encerrou com taxa de 9,70% (de 9,68% ontem). A taxa do DI para janeiro de 2027 passou de 9,87% para 9,90%, e a do DI para janeiro de 2029, de 10,31% para 10,34%.

A exemplo de ontem, as taxas acompanharam o recuo moderado dos retornos dos títulos do governo americano pela manhã, mas no fim da primeira etapa zeraram a queda e passaram a oscilar em ligeira alta. A taxa da T-Note de dez anos, que na mínima chegou a cair a 4,05%, retomava os 4,10% no fim da tarde.

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O gestor da Integral Investimentos, Marcos Iório, destaca que, embora pesada, a agenda veio relativamente em linha com o esperado. “E tem o compasso de espera pelo payroll, que deve confirmar a aposta de início de corte de juros em junho. Mesmo se vier mais fraco, não deve ser capaz de levar o mercado a antecipar a aposta para maio”, disse, lembrando que os dados do mercado de trabalho nos EUA têm sido divergentes.

Internamente, o mercado já abriu conhecendo o IGP-DI de fevereiro, que acelerou a queda a 0,41%, de 0,27% em janeiro. A deflação foi maior do que apontava a mediana das estimativas (-0,37%), dentro do intervalo queda de 0,19% a recuo de 0,60%. “Os bons números do atacado não têm conseguido mobilizar a curva, que está olhando muito para o exterior”, diz Iório. Outro dado da manhã foi o superávit primário de R$ 102,146 bilhões do setor público em janeiro, o melhor resultado da série histórica e acima da mediana das estimativas de R$ 98,3 bilhões.

Diogo Guillen, em evento do Goldman Sachs, falou do foward guidance da política monetária, esquentando o debate presente nas recentes aparições do diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo. Guillen disse que o BC vai avaliar já no próximo Copom se faz sentido continuar fazendo o uso do instrumento, que, acrescenta, teve um papel importante ao longo do processo de distensão monetária. “É um esporte de altíssimo risco para atletas avessos a risco, que são os policymakers”, afirmou.

Afirmou ainda que a preocupação com as expectativas de inflação para 2025 e 2026 não é somente com o nível acima da meta, mas também com o tempo em que elas estão desancoradas. “Cria um farol apontando para o lado errado e isso vai se perpetuando em reindexação de salários e impacto sobre a definição de preços”, explicou o diretor, que frisou que entre os efeitos dessas expectativas desancoradas está a necessidade de juros em nível contracionista.

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Na gestão da dívida, o Tesouro foi agressivo na oferta de prefixados e conseguiu vender integralmente os lotes de 16 milhões de LTN e de 1,250 milhão de NTN-F, com taxas dentro ou abaixo do consenso. O risco para o mercado (DV01) foi de US$ 755 mil, pouco mais que o dobro do leilão anterior (US$ 371 mil), segundo a Warren Investimentos.

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