Os juros futuros fecharam a sessão em baixa, com a devolução de prêmios ganhando tração à tarde a partir da melhora do humor no exterior. Os rendimentos dos Treasuries passaram a cair na segunda etapa, as bolsas renovaram máximas e o dólar perdeu força ante as demais moedas, embalando a trajetória baixista das taxas já vista pela manhã após o IBC-Br abaixo do piso das estimativas e a deflação do IGP-10 de julho.
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A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2024 fechou em 12,795%, de 12,838% no ajuste de sexta-feira, e a do DI para janeiro de 2025 caiu de 10,88% para 10,79%. O DI para janeiro de 2027 encerrou com taxa de 10,24%, de 10,30% no ajuste anterior, enquanto a do DI para janeiro de 2029 ficou em 10,55% (de 10,59%).
As taxas até começaram o dia em alta, mas viraram para baixo ainda pela manhã. O desempenho fraco da economia brasileira traduzido pela queda de 2% do IBC-Br de maio – pior do que apontava o piso das estimativas (-1,2%) – juntamente com o IGP-10 estimularam uma correção de parte da alta acumulada nas últimas três sessões. A deflação do indicador, de 1,10%, foi ligeiramente maior do que a mediana das previsões (-1,07%).
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O impulso de queda dos DIs, no entanto, era limitado pelos Treasuries. À tarde os rendimentos dos títulos do Tesouro americano passaram a cair, dando espaço à evolução do desempenho da curva local. “A devolução de prêmio nos Treasuries vem provavelmente com esse quadro de enfraquecimento da economia chinesa, que reforça a preocupação com a desaceleração da economia global e pode trazer alguma implicação na política monetária de economias desenvolvidas. Esse movimento acaba influenciando o Brasil“, resumiu a economista-chefe da Veedha Investimentos, Camila Abdelmalack. Houve alívio da curva local também via câmbio com o dólar, que pela manhã chegou a R$ 4,85, desacelerando à casa de R$ 4,80.
O PIB da China cresceu 6,3% o segundo trimestre ante igual período de 2022, abaixo das previsões de expansão de 6,9%, o que pressionou para baixo as cotações das commodities e as moedas relacionadas.
Sem impacto na curva, a live do Banco Central nesta segunda-feira foi protagonizada pelo diretor de Política Econômica, Diogo Guillen, que falou sobre a importância da comunicação na política monetária. Em tom didático para atingir o grande público, Guillen avaliou que a comunicação do BC não pode perder o “rigor técnico”, mas tem o desafio de alcançar o maior número de pessoas. Disse ainda que a ideia de realizar uma entrevista coletiva logo após as reuniões do Copom é uma tema “para se pensar”, dada a vantagem de evitar quaisquer dificuldades na interpretação dos comunicadores do colegiado. Vale lembrar que o comunicado da reunião de junho trouxe muitos ruídos ao mercado.