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Juros dos Treasuries sobem com novas sinalizações de dirigentes do Fed

Presidente da distrital de Chicago do Fed destacou que ainda não há vitória contra a inflação

Juros dos Treasuries sobem com novas sinalizações de dirigentes do Fed
(Foto: Envato Elements)

Os retornos dos Treasuries subiram hoje em meio a mais sinalizações de dirigentes do Federal Reserve (Fed) de que o mercado pode estar equivocado com a possibilidade de cortes de juros precoces em 2023.

Às 18h (de Brasília), o retorno da T-note de 2 anos subia a 4,471%, enquanto o da T-note de 10 anos tinha alta a 3,952% e o do T-bond de 30 anos tinha ganhos a 4,057%.

Segundo o presidente da distrital de Chicago do Fed, Austan Goolsbee, o mercado tem uma expectativa muito diferente da do Fed para cortes de juros no ano que vem, e ele destacou pela manhã, em entrevista à CNBC, que ainda não há vitória contra a inflação e é preciso continuar sendo cético. Em entrevista ao Financial Times, Loretta Mester, da distrital de Cleveland, também sustentou a tese de que os cortes podem demorar mais do que se espera hoje, e disse que o mercado parece estar “um pouco à frente” da realidade.

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Para o BMO Markets, a reação recente enfraquece a teoria de que o mercado “perdeu a confiança nas mensagens do Fed”, e aponta que, na verdade, investidores parecem tomar ciência de que é o plano da autoridade monetária americana adiar os cortes de taxas para o segundo trimestre, enquanto os dados econômicos têm jogado contra a ideia, podendo forçar uma “balança mais inclinada para reduções de taxas”.

O BMO também observa que os preços de petróleo podem ter alguma relação com os retornos dos Treasuries, visto que a queda do valor da commodity acompanhou uma queda na expectativa na inflação dos EUA. Agora, uma nova subida nos preços pode estar sustentando uma nova preocupação com a insistência da inflação no país.

A Capital Economics escreve que o cenário precificado atualmente pelos investidores é o mais otimista possível, e caso haja um pouso suave da economia os retornos dos Treasuries não devem desacelerar muito mais, visto que este já parece ser o panorama considerado pelo mercado, o que pode ser um equívoco. A consultoria ainda vê uma recessão moderada como o futuro mais provável para a economia americana em 2024.