As taxas dos Treasuries de curto prazo subiram com força ao final da tarde hoje, com o rendimento projetado no papel de 2 anos chegando ao pico desde 2006, após o Federal Reserve (Fed) manter juros, mas indicar possibilidade de mais aperto monetário ainda este ano.
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Por volta das 17h00 (de Brasília), o juro projetado pela T-note de 2 anos subia a 5,169% – na máxima intraday, tocou em 5,195%, maior valor desde julho de 2006, antes da crise financeira global. Já o da T-note de 10 anos, que chegou a renovar máxima desde 2007, subia a 4,372%, enquanto o do T-bond de 30 anos recuava a 4,412%.
O banco central dos EUA manteve o intervalo da sua taxa de juro de referência entre 5,25%-5,5%, mas o gráfico de pontos mostrou que 12 dirigentes projetam que as taxas de juro terminarão o ano no intervalo entre 5,5%-5,75%, implicando mais uma subida das taxas este ano. D
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Em entrevista após a decisão, o presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou que os juros dos Treasuries sobem por causa de alguns fatores, como o Produto Interno Bruto (PIB) mais elevado que o previsto e a oferta maior destes títulos pelo Departamento do Tesouro americano.
“A probabilidade de outro aumento das taxas na próxima reunião de novembro aumentou. Contudo, trata-se de ajustar a política monetária e nada mudou em relação ao cenário de que a taxa está no pico ou próximo a ele”, segundo análise do Commerzbank.
Para o banco, as perspectivas de médio prazo são mais interessantes, já que, se as projeções do Fed se concretizassem, o banco central dos EUA terá realizado a mais difícil operação de política monetária, com uma aterrissagem suave da economia. O Commerzbank, contudo, está cético e segue esperando uma recessão no início de 2024.
A mudança no gráfico de pontos é sinal de que o Fed planeja “manter juros mais elevados por mais tempo”, acredita o Citi.Com a mudança no gráfico de pontos, os 100 pontos-base (pb) de cortes sugeridos para 2024 agora foram reduzidos a 50 pb, nota o Citi.
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