As taxas dos Treasuries operaram em alta nos vencimentos mais curtos nesta sexta-feira, em uma continuidade do forte movimento de ajuste dos rendimentos projetados nos papéis diante de dados mistos e mensagens de autoridades monetárias que esvaziaram a aposta de corte da taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed) em março. Os rendimentos do título de 10 anos e 30 anos cediam, provocando uma suavização na inclinação da curva de juros.
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Perto das 18h (de Brasília), a taxa da T-note de 2 anos estava em 4,389%, ante 4,346% no fim da quinta-feira. O rendimento no papel de 10 anos rondava 4,137%, ante 4,138% no fim da tarde de ontem. O retorno do T-bond de 30 anos oscilava em torno de 4,342%, ante 4,368%.
A presidente do Fed de São Francisco, Mary Daly, disse, nesta sexta-feira, que é cedo declarar vitória no combate à inflação nos EUA, portanto seria prematuro esperar que o momento para começar a cortar os juros está muito perto do horizonte.
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As taxas no chamado miolo da curva de juros tiveram alta semanal de cerca de 25 pontos-base até a manhã desta sexta-feira, com as T-notes de 2,3 e 5 anos registrando os aumentos semanais mais acentuados desde maio, segundo a Oxford Economics. Na próxima semana, decisões dos bancos centrais ajudarão a direcionar o tom de curto prazo ao mercado de Treasuries, à medida que os operadores ficarão atentos às reuniões de política monetária do Banco do Japão (dia 23), do Banco do Canadá (24) e do BCE (25), antes dos anúncios do Federal Reserve e do Banco da Inglaterra na semana seguinte.
“Na ausência de quaisquer surpresas por parte dos bancos centrais, os títulos do Tesouro permanecem vulneráveis à realização de lucros adicionais no curto prazo”, afirmaram os analistas da Oxford Economics.
A probabilidade de um alívio na taxa de juros no encontro do Fed em março estava em 46,2% nesta sexta-feira, ante 53,8% ontem, segundo a ferramenta FedWatch do CME Group. Na sexta-feira da semana passada (dia 12), a probabilidade de corte em março era de 76,9%.