Os rendimentos dos Treasuries operaram sem sinal único hoje, com intensa especulação sobre os próximos passos da política monetária do Federal Reserve (Fed). Há grande expectativa pela divulgação do payroll de amanhã e as interpretações sobre os possíveis próximos passos do Fed. Além disso, os juros chegaram a ser pressionados pelas sinalizações de uma postura mais dura do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês).
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Às 18h (de Brasília), o retorno da T-note de 2 anos caia a 4,582%. Já o da T-note de 10 anos subia a 4,148% e o do T-bond de 30 anos tinha alta a 4,261%.
A discussão em torno da política monetária japonesa mais agressiva foi suficiente apenas para proporcionar uma influência de baixa passageira sobre os títulos do Tesouro, mas a maior parte da sessão ocorreu com as taxas inalteradas, aponta o BMO.
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Segundo a Oxford Economics, os mercados agiram rapidamente para reavaliar as probabilidades de um corte nas taxas de juros do Fed, julgando que o banco central em breve estará suficientemente confiante de que a inflação está no caminho de 2%. “Embora concordemos que as notícias recentes sobre a inflação têm sido encorajadoras e esperamos que a inflação caia ainda mais no próximo ano, especialmente num período prolongado de crescimento econômico abaixo da tendência, na nossa opinião os mercados foram longe demais”, avalia a consultoria.
“Esperamos que as projeções econômicas atualizadas e a conferência de imprensa pós-reunião do Fed recuem contra a ideia de que cortes nas taxas possam entrar na agenda em breve, enfatizando que a inflação ainda é forte e que os riscos são ascendentes, afirma. “A grande questão é até que ponto as autoridades sinalizam uma mudança mais rápida para cortes nas taxas e/ou um afrouxamento mais agressivo. Prevemos que os responsáveis irão recuar fortemente na recente narrativa dos mercados financeiros, que previram uma possibilidade de dois terços de um corte de 25 pontos base na reunião de março de 2024”, aponta.
Investidores também se preparam para o principal relatório de empregos dos Estados Unidos, o payroll. Segundo a mediana dos 26 analistas consultados pelo Projeções Broadcast, os EUA geraram 198 mil empregos em novembro e, caso confirmado, o número representaria uma aceleração ante a alta de 150 mil empregos em outubro, que surpreendeu após ter vindo abaixo do esperado pelos mercados.