Os retornos dos Treasuries recuaram nesta quinta-feira, após a inflação PCE nos Estados Unidos voltar à meta de 2% no quarto trimestre do ano passado e corroborar a tese de que o Federal Reserve (Fed) cortará juros este ano, apesar da resiliência do Produto Interno Bruto (PIB).
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No fim da tarde em Nova York, o retorno da T-note de 2 anos caía a 4,303%, o da T-note de 10 anos recuava a 4,121% e o do T-bond de 30 anos cedia a 4,371%.
O crescimento anualizado de 3,3% do PIB dos EUA no último trimestre de 2023 superou a previsão dos analistas, mas representou uma desaceleração ante o avanço de 4,9% nos três meses anteriores. Ao mesmo tempo, o índice de preços com gastos com consumo (PCE) perdeu força e subiu à taxa anualizada de 1,7% no período.
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No mesmo horário, o Departamento do Trabalho americano revelou que os pedidos de auxílio-desemprego nos EUA avançaram 25 mil na semana passada, a 214 mil.
No cômputo geral, a curva futura manteve a precificação majoritária de que o Fed começará a cortar juros em maio, mas as apostas seguem dividas em relação a março, conforme indica a plataforma de monitoramento CME Group.
Assim, os rendimentos dos Treasuries responderam à bateria de dados em baixa. O movimento se intensificou à tarde, após um leilão de T-notes de 7 anos do Tesouro dos EUA com uma boa recepção.
Para o ING, os dados de hoje deixam o Fed perto de declarar vitória contra a inflação. “Pensamos apenas que o Fed vai esperar um pouco mais para ter a certeza de que está realmente confiante de que pode dar-se ao luxo de cortar juros – esperamos a primeira redução em Maio, com cortes de 150 pontos-base este ano”, diz.
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