A assembleia geral extraordinária que vai deliberar sobre a fusão entre BRF (BRFS3) e Marfrig (MRFG3) está mantida para 14 de julho, conforme decisão da 1ª Vara Empresarial de São Paulo. A Justiça negou o pedido da Previ, do investidor Alex Fontana e da gestora Latache Capital, que buscavam suspender a votação por meio de uma medida cautelar com tutela de urgência. A informação foi publicada inicialmente pelo O Globo e confirmada pelo Broadcast Agro junto à BRF.
O juiz André Tudisco indeferiu o pedido, o que libera a realização da assembleia que discutirá a proposta de incorporação da totalidade das ações da BRF pela Marfrig. A transação foi aprovada pelos conselhos de administração das duas companhias e envolve a troca de ações com base em uma relação de 0,8521 ação da Marfrig para cada ação da BRF.
Apesar da decisão favorável à continuidade da assembleia, uma segunda tentativa de barrar o processo segue em curso. Trata-se de uma ação popular movida por William Curi Baena, pensionista da Previ, na 17ª Vara Cível Federal de São Paulo. A ação, elaborada pelo escritório Warde Advogados, questiona a legalidade da operação e solicita, em caráter liminar, a suspensão da assembleia e a proibição do direito de
voto da Marfrig, sob a alegação de que a operação causa prejuízo bilionário à Previ.
O pedido de liminar na ação popular ainda está pendente de análise pela Justiça Federal. Enquanto isso, a assembleia da BRF segue marcada para 14 de junho.