- A Latam (LTMAY) planeja eliminar das aeronaves materiais plásticos de uso único até o fim de 2023
- Para a gerente de Sustentabilidade da empresa no Brasil, Lígia Sato, a meta é viável, mas há desafios
- Outra meta sustentável da empresa é se tornar uma companhia zero resíduos para aterros sanitários até 2027
A Latam (LTMAY) planeja eliminar das aeronaves materiais plásticos de uso único até o fim de 2023. A companhia já excluiu 88%, dando vez à adoção de utensílios orgânicos e reutilizáveis a bordo, como talheres de fibra de bambu, bandejas reutilizáveis e embalagens e copo de papel. As mudanças permitiram a redução de 1,6 mil toneladas de plástico.
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A gerente de Sustentabilidade da empresa no Brasil, Lígia Sato, afirma que a meta é viável, mas que há desafios, como plásticos que não podem ser substituídos por normas de segurança e legislações vigentes. Para ela, ainda é um obstáculo a implementação de uma agenda de sustentabilidade na indústria de aviação e turismo.
“Como companhia aérea, dependemos de muitos elos para garantir a eficiência operacional. Por outro lado, vejo a forma como a Latam lida com a sustentabilidade como um caminho correto ao se comprometer com as ferramentas já disponíveis no mercado e estabelecer estratégias concretas com metas de curto, médio e longo prazo”, pontua a gerente.
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Outras metas sustentáveis da empresa são se tornar uma companhia zero resíduos para aterros sanitários até 2027, reduzir e compensar 50% das emissões domésticas até 2030 e ser carbono neutro até 2050. Segundo a empresa, os projetos de sustentabilidade implementados trazem um impacto positivo na reputação da companhia. “Por outro lado, vejo que o mais importante é minimizar os impactos ambientais e gerar valor nas comunidades em que atuamos”, conta Lígia.
ESG
As estratégias de sustentabilidade adotadas pela Latam vão ao encontro das práticas de ESG (enviroment, social and governance), sigla em inglês que, em tradução livre, significa meio ambiente, responsabilidade social e governança. Atualmente, cresce o número de compradores que se preocupam em investir com propósito social e sustentável.
Segundo o CEO da Inteligência Comercial e Country Manager da Savel Capital Partners, Luciano Bravo, uma empresa com ESG estabelecido ganha destaque entre acionistas e investidores. “Temos que entender que toda a prática que possibilite para a empresa ter melhor performance em todo o seu ambiente faz com que os investidores vejam com excelente olhos, o que possibilita numa análise fundamentalista uma busca por estes critérios”, afirma Bravo.
O especialista em crédito internacional ainda lembra que empresas que adotam o ESG têm menos riscos operacionais, pois seguem diretrizes pré-estabelecidas. Segundo ele, o modelo traz à tona métricas e dá um direcionamento para os estabelecimentos.