O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, das críticas negativas e disse que, quando se trata de economia, nunca haverá “100% de solidariedade”. O chefe do Executivo elogiou a proposta de arcabouço fiscal e disse ter certeza de que o texto será aprovado no Congresso.
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“O arcabouço traz alternativas seguras para as contas públicas”, disse, além de ressaltar que a proposta garante “a volta do pobre ao orçamento” e possibilita aplicação de recursos para o desenvolvimento. A fala se deu em reunião ministerial para fazer um balanço dos 100 dias de governo. Lula disse que, de vez em quando, sabe que Haddad ouve críticas e, para isso, reiterou elogios ao ministro e à equipe econômica. “Pensei em responder um artigo contra Haddad, mas Padilha falou que não valia a pena.”
“Tenho muito orgulho do trabalho feito nesses 100 dias”, comentou o presidente. “O arcabouço fiscal traz soluções realistas e seguras para o equilíbrio das contas públicas”, pontuou, destacando que a medida “dá um fim às amarras irracionais do teto de gastos”.
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Na linha econômica, o presidente também aproveitou a fala para retomar críticas ao Banco Central (BC) e à taxa de juros. “Ainda acho que 13,75% é muito alto para juros, estão brincando com país, empresários”, disse. O presidente vem reforçando críticas à instituição e ao presidente do banco, Roberto Campos Neto.
No discurso, Lula também citou o foco do governo na elaboração de uma reforma tributária. Segundo ele, a proposta cria um ambiente mais dinâmico e descomplicado para o setor empresarial.
O presidente afirmou que, até o início de maio, o governo irá anunciar uma lista definitiva de empreendimentos em que o governo irá investir. De acordo com ele, os investimentos terão seis eixos: transporte, infraestrutura social, inclusão digital, infraestrutura urbana, água para todos e transição energética que, segundo ele, será acelerada. “Não vamos perder oportunidades para nos tornarmos potência global de hidrogênio verde”, afirmou, acrescentando que o governo retomou a capacidade de planejamento de longo prazo no país.