Últimas notícias

Lula questiona medo do mercado ao falar contra autonomia do BC

  • O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) questionou o medo transparecido pelo mercado financeiro em relação à possibilidade de que ele se candidate à Presidência em 2022, ao mesmo tempo em que se manifestou contra a autonomia do Banco Central e a venda de ativos da Petrobras

(Estadão Conteúdo) – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) questionou o medo transparecido pelo mercado financeiro em relação à possibilidade de que ele se candidate à Presidência em 2022, ao mesmo tempo em que se manifestou contra a autonomia do Banco Central e a venda de ativos da Petrobras.

Em entrevista coletiva nesta quarta-feira (10), o petista disse que gostaria que o temor de agentes de mercado tivesse fundamento, apontando que eles conviveram com o PT durante os oito anos de seus dois mandatos presidenciais e os seis anos sob o governo de Dilma Rousseff.

Em seguida, Lula declarou posição contrária à autonomia do Banco Central, transformada em lei no fim de fevereiro, dizendo que é melhor a autarquia estar “na mão do governo do que do mercado”.

Preencha os campos abaixo para que um especialista da Ágora entre em contato com você e conheça mais de 800 opções de produtos disponíveis.

Ao fornecer meu dados, declaro estar de acordo com a Política de Privacidade do Estadão , com a Política de Privacidade da Ágora e com os Termos de Uso

Obrigado por se cadastrar! Você receberá um contato!

Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos

Se, por um lado, o ex-presidente acenava com a possibilidade de trégua, ao sustentar que o mercado teria de votar nele se quisesse ganhar dinheiro investindo em “coisas produtivas”, por outro também contrapunha que agentes financeiros deveriam ter medo dele se quisessem ver a entrega da soberania nacional com a venda do patrimônio do País.

Outro tema levantado por Lula foi a venda de ativos da Petrobras. Ele mandou recado a potenciais compradores do portfólio que o governo de Jair Bolsonaro (sem partido) tem oferecido ao setor privado: “A gente pode mudar muita coisa”, alertou, sugerindo reversão da diretriz de desinvestimentos da companhia se o PT voltasse a governar o País.

“Espero que o mercado seja sempre contra mim e o povo seja sempre a favor”, declarou o ex-presidente, que reconquistou seus direitos políticos esta semana após o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), declarar a incompetência da 13ª Vara Federal de Curitiba para julgá-lo nos casos da Lava Jato.

“Gostaria que o medo do mercado tivesse fundamento. Vamos pegar os dados econômicos do meu governo”, disse também.