(Estadão Conteúdo) – A Lupo, fabricante de meias, cuecas e artigos esportivos, entrou hoje com pedido na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). Os recursos captados devem ser usados para financiar fusões e aquisições e bancar investimentos para o crescimento orgânico da empresa centenária.
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A companhia contratou o Itaú BBA para ser o líder do IPO, que tem também no sindicato os bancos XP, BTG Pactual e Bank of America. A emissão será primária, com recursos indo para o caixa da empresa, e secundária, com venda de ações dos sócios.
Entre os vendedores da oferta secundária, está a presidente da empresa, Liliana Aufiero, neta do criador da Lupo, o imigrante italiano Henrique Lupo, que fundou a empresa na cidade de Araraquara, no interior de São Paulo há 100 anos. A executiva tem 5,8% da companhia e está há mais de 35 anos na empresa, sendo descrita no prospecto como a responsável pela transformação da marca, mas está em processo de saída do cargo.
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A Lupo está presente em todo o País, por meio de 481 franquias, uma loja própria detida pelo grupo, mais de 39.000 pontos de vendas e 202 lojas dentro do varejo multimarcas, além de uma plataforma de e-commerce. São quatro marcas, incluindo Lupo Sport, Scala e Trifil.
A empresa planeja aumentar a presença da Lupo Sport, marca criada em 2010 focada em artigos esportivos. “Acreditamos que o segmento de artigos esportivos possui um grande potencial de expansão, reforçado pelas tendências atuais de saúde e bem-estar”, ressalta o prospecto. A empresa informa ainda estar sempre monitorando o mercado em busca de potenciais fusões e aquisições. A única que a empresa fez até agora é da Scalina, em 2016, dona da marca Trifil.
A Lupo teve receita consolidada líquida de R$ 313 milhões no segundo trimestre, comparado a R$ 76 milhões no mesmo período de 2020, período marcado pela aceleração da pandemia de covid. Em 2020, o lucro bruto somou R$ 188 milhões, queda de 31% ante o ano anterior.