A Marcopolo (POMO4) registrou lucro líquido de R$ 46,7 milhões no terceiro trimestre de 2022, frente os R$ 107,1 milhões relatados no mesmo período de 2021, queda de 56,4%, de acordo com os resultados da companhia divulgados há pouco.
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O Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 90,5 milhões entre julho e setembro, 4,9% menor que um ano antes. A margem Ebitda passou de 12,6% para 6%, uma redução de 6,6 pontos porcentuais.
A receita operacional líquida, no entanto, somou R$ 1,516 bilhão, um incremento de 100% ante o terceiro trimestre de 2021, quando registrou R$ 757,6 milhões. Segundo a companhia, o montante é representa recorde trimestre e é composto por R$ 820,5 milhões provenientes do mercado interno (54,1%), R$ 389,4 milhões das exportações a partir do Brasil (25,7%) e R$ 306,4 milhões originados pelas operações internacionais (20,2%).
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“O aumento da receita reflete o incremento de volumes a partir da normalização das entregas de chassis e evolução constante do cenário de mercado no pós-pandemia, melhora no mix de vendas com maior participação de carrocerias pesadas, recuperação no desempenho das exportações a partir do Brasil e entregas direcionadas ao Caminho da Escola”, explica a Marcopolo.
O resultado financeiro líquido do período foi negativo em R$ 20,1 milhões, ante um resultado positivo de R$ 9,1 milhões registrados um ano antes. O resultado financeiro foi impactado negativamente em R$ 21,3 milhões pela variação cambial gerada pela desvalorização do real frente ao dólar norte americano sobre a carteira de pedidos em dólares.
Já o endividamento financeiro líquido totalizava R$ 1,367 bilhão em 30 de setembro contra R$ 1,225 bilhão registrado no fim de junho. Desse total, R$ 454,3 milhões eram provenientes do segmento financeiro (Banco Moneo) e R$ 913,4 milhões do segmento industrial. No encerramento de setembro, o endividamento financeiro líquido do segmento industrial representava 3,4 vezes o Ebitda dos últimos 12 meses.
Produção
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A Marcopolo registrou a fabricação de 4.079 unidades no terceiro trimestre deste ano, um crescimento de 84,6% em relação ao mesmo período de 2021. O motivo, segundo a companhia, foi a recuperação da indústria brasileira de ônibus, com destaque para o aumento da participação de mercado no segmento de rodoviários pesados no Brasil, que está associado às atividades de turismo e linhas de longa distância.
“Os resultados demonstram a recuperação da produção na indústria brasileira de ônibus no 3T22 e nos aproxima dos volumes pré-pandemia, comparados ao terceiro trimestre de 2019. A ausência de impactos significativos associados à falta de componentes e de chassis contribuiu com o crescimento acelerado das operações domésticas da Marcopolo. Essa normalização gradual traz boas perspectivas também para o quarto trimestre de 2022”, avalia José Antonio Valiati, CFO e diretor de Relações com Investidores da Marcopolo.