O balanço da Marisa (AMAR3)foi aprovado com ressalvas pela auditoria externa BDO e com a informação de que há “incerteza relevante relacionada com a continuidade operacional da companhia”. No ano passado, a EY, auditoria externa responsável à época, também impôs ressalva ao balanço da companhia referente ao quarto trimestre de 2023. A questão é que as auditorias julgam como prováveis, perdas judiciais que a empresa não classifica desta maneira.
Na nota da BDO, referente ao primeiro trimestre deste ano, a auditoria escreve que uma provisão deveria ser reconhecida para se adequar às práticas contábeis vigentes. “Consequentemente, as informações revisadas indicam que se essa provisão tivesse sido reconhecida nas informações intermediárias da controladora, o saldo de investimentos, o total do ativo não circulante e o patrimônio líquido em 31 de março de 2025 estariam superavaliados em R$ 197,708 milhões e o lucro líquido do período de três meses findo naquela data estava superavaliado em R$ 2,072 milhões”, diz o documento.
A BDO ainda avalia que a Marisa e suas controladas apresentam capital circulante líquido negativo de R$ 413.836 na controladora e R$ 373.378 no consolidado e histórico de prejuízos recorrentes.
“Esses eventos ou condições indicam a existência de incerteza relevante que pode levantar dúvida significativa quanto à capacidade de continuidade operacional da companhia. Nossa opinião não contém ressalva relacionada a esse assunto”, afirma a auditoria.