A listagem do Méliuz (CASH3) na bolsa americana OTC Markets, que está perto de ser concluída, deve ajudar a acelerar a estratégia da empresa de se tornar uma companhia com bitcoin em sua tesouraria, na avaliação do BTG Pactual. O banco reitera recomendação de compra para o papel, com preço-alvo de R$ 10.
A dupla listagem no Brasil e nos Estados Unidos pode aumentar os volumes de negociação dos papéis por aqui, à medida que os investidores buscam arbitrar entre os dois locais, segundo o BTG. Os analistas da casa apontam ainda que parte do seu fluxo dos negócios pode migrar, “dependendo da demanda de investidores internacionais.” A presença nos EUA ainda pode facilitar o aporte estrangeiro no Méliuz, particularmente de investidores que não possuem a estrutura legal para operar diretamente na B3, indica o BTG.
“Em conversas recentes com investidores locais após o follow-on de junho, uma preocupação recorrente tem sido a profundidade limitada dos mercados de capitais do Brasil”, escrevem Ricardo Buchpiguel, Eduardo Rosman e Thiago Paura. Esta restrição pode atrapalhar a absorção de futuras captações do Méliuz – operações que fazem parte do novo modelo de negócio.
A OTC Markets é vista como uma alternativa mais acessível e econômica do que as bolsas tradicionais dos EUA, como a NYSE, com menores encargos regulatórios e custos operacionais. O relatório destaca ainda que lá estão listadas outras bitcoin treasury companies, como a japonesa Meta Planet.