O presidente da B3, Gilson Finkelsztain, disse nesta quinta-feira (22) que o mercado de capitais tem evoluído na oferta de crédito para o setor imobiliário e já representa 36% do funding para o segmento, disse em painel de abertura do Abecip Summit.
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“Durante muitos anos só tivemos o funding direcionado por políticas públicas e acho que cada vez mais o mercado de capitais vai conseguir ajudar não só o setor imobiliário, mas vários outros, mas principalmente o setor imobiliário”, afirmou o presidente da B3, ressaltando que o mercado de capitais e o setor estão “caminhando lado a lado”.
Em sua palestra, Finkelsztain ressaltou que as emissões de dívida corporativa, como debêntures e certificados de recebíveis imobiliários (CRI), que estão batendo recorde este ano, chegaram a R$ 358 bilhões no primeiro semestre, uma alta de 200% na comparação com o mesmo período de 2023. “Vejo tendência de crescimento para restante deste ano e para 2025”, afirmou o presidente da B3.
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O estoque de CRI atingiu R$ 200 bilhões ao final de junho, aumento de 32% em 12 meses. Nos fundos imobiliários, o crescimento foi de mais de 350% nos últimos 5 anos, com um “salto enorme” no número de investidores, passando de 600 mil para 3 milhões. “Isso é bastante significativo”, disse Finkelsztain.
Se tomar todos os produtos vinculados ao mercado imobiliário, como os fundos imobiliários, fundos de índice (ETF) do setor, CRI, letras de crédito imobiliário (LCI), o Brasil já tem mais de 4,3 milhões investidores, com um estoque acima de R$ 530 bilhões. “Isso mostra o grande interesse que os investidores têm em produtos do setor”, disse ele.
“Já manifestamos interesse de atuar em recebíveis imobiliários”, afirmou Finkelsztain, ressaltando que a B3 já conversou sobre o tema com o Banco Central. “A gente trabalha com uma agenda de securitização e destravamento de funding”, afirmou.