Empresas que produzem alimentos processados figuraram entre os desempenhos mais baixos no mercado de ações dos Estados Unidos. Companhias como J.M. Smucker (S1JM34) e General Mills (G1MI34), por exemplo, tiveram quedas de entre 21% e 24% no índice S&P 500, enquanto a Kraft Heinz (KHCB34) recuou 11%.
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Um dos motivos foi o aumento das taxas de juros, o que diminuiu o apelo dessas ações como investimentos em dividendos. Uma demanda enfraquecida por alimentos também corroborou para esse cenário, o que pode ser interpretado como uma reação tardia às múltiplas rodadas de aumentos de preços que as empresas implementaram nos últimos anos para compensar os custos mais altos, desde ingredientes alimentares até mão de obra.
“Houve quedas bastante acentuadas nos preços de itens de único ingrediente, como carne, produtos agrícolas, queijo e laticínios”, disse a analista da Bernstein Alexia Howard. “Portanto, tem sido fundamentalmente mais atraente cozinhar do zero este ano, e os alimentos altamente processados não têm tido tanta demanda.”
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A maior parte dessas empresas também viu o seu volume de vendas cair no ano. Isso também pode ser explicado pelas mudanças no Programa de Assistência Nutricional Suplementar do governo dos EUA. Os benefícios provenientes dele foram aumentados como medida de emergência durante a pandemia, e depois foram abruptamente reduzidos na maioria dos Estados em março deste ano, afetando 32 milhões de pessoas, de acordo com o Census Bureau.
A expectativa é de que as vendas voltem a aumentar em 2024, se os EUA evitarem uma recessão e o mercado de trabalho permanecer saudável. No momento, as empresas de alimentos estão recorrendo a promoções para impulsionar as vendas, mas os preços em geral permanecem altos, afirmou o analista da TD Cowen, Robert Moskow. “Embora haja muita atividade promocional – vejo etiquetas em todos os lugares – os preços ainda são muito mais altos do que eram antes da pandemia.”
Fonte: Dow Jones Newswires
