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O que esperar do mercado de varejo brasileiro em 2024, segundo a Fitch

Entre os segmentos destacados, estão moda e vestuário, alimentar, farmacêutico e comércio eletrônico

O que esperar do mercado de varejo brasileiro em 2024, segundo a Fitch
(Foto: Envato)

A Fitch Ratings avalia que a tendência de consolidação vista no varejo brasileiro nos últimos quatro anos deve se manter no curto e médio prazo. A gradual melhora do ambiente econômico deve favorecer o movimento, de acordo com a agência. As condições de baixa inflação e redução da taxa de juros sustentam um incremento da oferta de capital para novas transações.

“O cenário benigno previsto para 2024 em diante pode levar a uma retomada no mercado de equity (patrimônio líquido de uma empresa ou uma participação societária em um negócio) e propiciar um ambiente mais favorável à melhora das estruturas de capital de diversas companhias, abrindo espaço para a retomada das estratégias de crescimento inorgânico em alguns setores do varejo”, aponta relatório da Fitch. Entre os segmentos destacados, estão moda e vestuário, alimentar, farmacêutico e e-commerce.

A concorrência com empresas globais é visto como um outro fator que pode levar as brasileiras à busca por maiores ganhos de escala. “Grandes companhias, como Amazon (AMZO34), Mercado Livre (MELI34), Aliexpress, Shopee, Shein, Temu e Zara, vêm ganhando participação no mercado local em meio à fragilidade do setor nos últimos anos. No geral, essas empresas (especialmente as asiáticas) contam com perfil de negócios e capacidade financeira robustos e podem adotar estratégias mais agressivas, priorizando crescimento em detrimento de rentabilidade.”

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O texto destaca que empresas como Pague Menos (PGMN3), Grupo Soma (SOMA3), Grupo SBF (SBFG3) e Smartfit (SMFT3) fizeram aquisições estratégicas nos últimos anos, já que estavam mais capitalizadas, seja por disciplina financeira ou por injeção de recursos vindos de ofertas iniciais e/ou subsequentes de ações.

No segmento alimentar, a Fitch acredita que companhias como Carrefour (CRFB3), Assaí (ASAI3) e outros que fizeram aquisições recentes vão priorizar a integração dos negócios antes de buscarem novos alvos. No caso dos dois citados, o relatório indica ainda que as empresas apresentam elevada alavancagem.

A rede de farmácias Raia Drogasil (RADL3) é citada como exemplo de consolidação orgânica, já que a empresa vem crescendo de forma recorrente acima da média de seus pares.

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