Metais caem na primeira semana do ano; dólar pressiona cotações

Por Maria Lígia Barros

02/01/2024 | 16:57 Atualização: 02/01/2024 | 16:57

Os contratos futuros de metais básicos caíram na primeira sessão do ano, após dados fracos de atividade industrial reacenderem preocupações com a demanda global. O dólar forte no exterior também contribui para pressionar as cotações. Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre com entrega prevista para março de 2024 fechou em queda de 0,25%, a US$ 3,8805 por libra-peso.

Na London Metal Exchange (LME), a tonelada do metal para três meses recuava 0,33% por volta de 15h (de Brasília), a US$ 8.534,00. Os índices de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industriais de várias das principais economias indicaram contração ou vieram aquém do esperado em dezembro, segundo pesquisa divulgada neste terça-feira (02).

O indicador aferido pela S&P Global com JPMorgan para a atividade global caiu para 49 em dezembro, se distanciando do território de expansão. As instituições afirmam que a demanda global “permanece fraca”, e que, dos 29 países que compõem o dado, apenas sete tiveram crescimento na indústria. A China, maior importadora de commodities do mundo, foi uma dessas exceções que tiveram alta.

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No entanto, os investidores digerem ainda o PMI medido pelo escritório de estatísticas da China (NBS), divulgado no último fim de semana, que mostrou recuo a 49, contrariando expectativa de estabilidade em 49,4. “Os PMIs da China sugerem que a economia perdeu dinamismo em dezembro”, afirmou a Capital Economics em relatório.

Entretanto, a consultoria suspeita que as pesquisas não reflitam a realidade da economia chinesa. “Os dados de atividade e importações apontam para uma demanda resiliente de commodities. De qualquer forma, o PMI da construção subiu novamente no mês passado, o que é uma boa notícia para a demanda de metais”, avaliou.

Entre outros metais negociados na LME sob mesmo vencimento, no horário citado, a tonelada do alumínio caía 2,68%, a US$ 2.323,50; a do chumbo caía 0,12%, a US$ 2.064,50; a do níquel tinha queda de 0,51%, a US$ 16.535,00; a do estanho recuava 0,55%, a US$ 25.160,00; e a do zinco tinha baixa de 1,69%, a US$ 2.617,00.

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