Por Matheus Andrade – Os contratos futuros de cobre subiram mais de 5% em Nova York, após a China anunciar a criação de uma linha de crédito de 800 bilhões de iuans para financiar projetos de infraestrutura, setor é um dos principais motores para a demanda de commodities metálicas. A sessão contou com menor liquidez, uma vez que os negócios na London Metal Exchange (LME) estão suspensos hoje por conta de um feriado no Reino Unido.
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Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre para julho encerrou a sessão com ganho de 5,18%, a US$ 4,5525 a libra-peso.
Os 800 bilhões de iuans (cerca de US$ 120 bilhões) serão distribuído no âmbito de um pacote com 33 medidas fiscais e monetárias. O objetivo é estancar o recente enfraquecimento da atividade econômica na China, que adotou rígidas restrições à mobilidade em várias cidades após novos surtos de coronavírus. Além da linha de crédito, as autoridades vão estabelecer uma assistência a trabalhadores imigrantes desempregados, em um valor ainda não anunciado. Também vão permitir o adiamento do pagamento de 90 bilhões de iuans em empréstimos para a compra de caminhões.
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Além disso, para o Commerzbank, o preço está sendo apoiado por relatórios de produção do Chile, o maior país produtor de cobre: sua Agência Nacional de Estatística informou que a produção caiu quase 10% ano a ano ou 8,8% mês a mês em abril. Abastecimento inadequado de água, problemas operacionais e teores de minério em deterioração são os principais fatores para a queda, aponta. Isso também coincide com a notícia de que o regulador ambiental chileno lançou um processo de sanções contra a mina de Los Pelambres por regulamentos de segurança inadequados; a operadora agora tem dez dias úteis para apresentar um programa de compliance, afirma o banco alemão.
Sobre o mercado, o Bank of America (BofA) observa uma configuração estruturalmente otimista para muitos metais durante a transição de energia. Para o banco, a atividade econômica na China pode acelerar à medida que os bloqueios diminuem. Especificamente para o alumínio, o BofA avalia que este último ponto é importante quando se tem em mente que os preços do metal têm sido historicamente correlacionados com a taxa de crescimento do PIB da China.