(Estadão Conteúdo) – Os contratos futuros de cobre fecharam em alta hoje, sustentados pelo enfraquecimento do dólar, em meio às repercussões do tom dovish adotado pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) na decisão de política monetária ontem, além das perspectivas por um acordo comercial pós-Brexit entre Reino Unido e União Europeia.
Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre para março fechou em alta de 1,19%, a US$ 3,6015 por libra-peso. Na London Metal Exchange (LME), o cobre para três meses avançava 1,26%, a US$ 7.935,50 a tonelada, às 15h30 (horário de Brasília). Sem muitas surpresas, o Fed manteve a taxa básica de juros na faixa atual (entre 0% e 0,25%) e se comprometeu a continuar comprando ativos enquanto “até que haja progressos substanciais em direção aos objetivos do comitê para a inflação e a estabilidade de preços”.
Essa sinalização foi interpretada por investidores como um recado de que as condições seguirão monetárias seguirão acomodatícias por um longo tempo, o que desestimula a compra de dólar. O índice DXY, que mede a variação da moeda americana ante uma cesta de seis rivais fortes, atingiu hoje menor valor desde abril de 2018.
A divisa dos Estados Unidos também foi prejudicada pelo fortalecimento do euro e da libra, na esteira da melhora nas perspectivas para um acordo entre britânicos e europeus para o período subsequente ao Brexit, a saída do Reino Unido da UE. Chefe de negociações do bloco, Michael Barnier afirmou hoje que as negociações tiveram progressos.
Segundo ele, um entendimento até amanhã é possível. Com dólar fraco, commodities tendem a ficar mais baratas e, dessa forma, mais atraentes. “No curtíssimo prazo, prospectos por um pacote de estímulos nos EUA e quadro firme de demanda na China parecem estar sustentando o cobre”, explica o ING, em relatório enviado a clientes.
Entre outros metais básicos negociados no pregão eletrônico da London Metal Exchange (LME), no mesmo horário citado acima, a tonelada do alumínio avançava 1,33%, a US$ 2.062,00, a do chumbo recuava 0,68%, a US$ 2.035,00, a do níquel subia 0,48%, a US$ 17.495,00, a do estanho se elevava 0,03%, a US$ 19.930,00, e a do zinco crescia 0,85%, a US$ 2.856,00.