Os contratos futuros de cobre fecharam em baixa hoje, em meio à aversão a risco que persiste no exterior após a China ter anunciado novas regulações aos setores de tecnologia e educação privada. A queda ocorre apesar das perspectivas de alta na demanda em caso da aprovação de um pacote de infraestrutura nos Estados Unidos, e do recuo do dólar ante pares, o que torna o metal, cotado na moeda americana, mais barato para detentores de outras divisas.
O cobre com entrega prevista para setembro caiu 0,88%, a US$ 4,5445 a libra-peso, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex). Já na London Metal Exchange (LME), o cobre para três meses perdeu 0,20%, a US$ 9.790,00 a tonelada.
Observando as restrições chinesas, que tiveram entre os impactos uma queda no mercados acionários na Ásia, a High Frequency Economics (HFE) destaca que o avanço “decidido” sobre o setor educacional denota a capacidade de Pequim de realizar mudanças importantes nas condições de negócios para as companhias que operam em solo chinês, “sem aviso nem processo legal”. A cautela no maior consumidor do mundo de cobre pressionou os preços deste e de outros metais.
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Ontem, o noticiário na China havia sido responsável por uma alta nos preços do cobre. Os eventos climáticos extremos no país tiveram como resultado problemas na produção. Na visão do Commerzbank, “embora a oferta esteja atualmente prejudicada pelas enchentes, esperamos que a demanda por metais lucrará com a reconstrução nos próximos meses”, projetando o impacto das fortes precipitações que vem ocorrendo em diversas regiões da China.
Já no pacote de infraestrutura americano, hoje o líder da maioria democrata no Senado, Chuck Schumer, disse que os parlamentares avançam nas negociações sobre o pacote bipartidário de investimentos em infraestrutura. “Estamos fazendo bons avanços nos dois caminhos: no bipartidário de infraestrutura e na resolução de orçamento com reconciliação”, afirmou, em referência ao dispositivo parlamentar que permite que pautas relativas ao orçamento sejam aprovadas por maioria simples.
Entre outros metais negociados no pregão eletrônico da LME, a tonelada do zinco perdeu 1,30%, a US$ 2.972,00, a do estanho recuou 1,42%, a US$ 34.290,00, a do níquel teve queda de 1,99%, a US$ 19.325,00, a do chumbo caiu 1,64%, a US$ 2.333,50, e o alumínio se desvalorizou 1,35%, a US$ 2.485,00.