O cobre fechou em alta robusta nesta segunda-feira (3), após a China anunciar novos estímulos para compra de veículos elétricos (EVs), o que tende a ampliar expectativa de demanda pelo metal. O avanço dos índices de gerentes de compras (PMIs, na sigla em inglês) na China e na Europa também ajudaram a impulsionar o metal, enquanto dados fracos dos EUA aumentaram expectativas de cortes de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA).
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Na Comex, a divisão de metais da New York Mercantile Exchange, o cobre para julho fechou em alta de 1,42%, a US$ 4,6675 por libra-peso. Na London Metal Exchange (LME), o metal para três meses cedia 1,13%, a US$ 10.182,50 por tonelada, por volta das 14h25 (de Brasília).
O otimismo com o setor de veículos elétricos da China parece ter apoiado o cobre neste pregão. Relatórios de montadoras chinesas de automóveis apontaram salto na venda do setor em maio e, em paralelo, o governo anunciou US$ 1,53 bilhão em subsídios este ano para que cidadãos troquem seus carros antigos por novos.
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Além disso, a leitura final da S&P Global, em parceria com o Caixin, indicou alta do PMI industrial chinês a 51,7 em maio, o maior nível desde abril de 2022. A Pantheon nota que as empresas continuam evitando o repasse de preços para consumidores, mas que há expectativa pelo fortalecimento da demanda doméstica e externa e antecipação quanto ao lançamento de novos produtos, progresso tecnológico e expansão da capacidade produtiva.
Na Europa, os PMIs da zona do euro e do Reino Unido também avançaram em maio, embora levemente abaixo da leitura preliminar e das expectativas de analistas da FactSet. Especificamente no Reino Unido, o PMI industrial voltou a sinalizar expansão da indústria e alcançou maior nível desde julho de 2022.
Nos EUA, a indústria apresentou quadro misto: o PMI avançou a 51,3 em maio, na leitura da S&P Global, e recuou a 48,7 no mesmo período, na pesquisa do ISM. A Oxford Economics avalia que os dados apontam um arrefecimento da demanda, que deve ser retomada no final do ano, conforme o Fed dê início à flexibilização da política monetária em setembro. A expectativa por cortes nos juros americanos pesou sobre o dólar, o que também tende a apoiar preços do cobre ao baratear a aquisição do metal para detentores de outras moedas.
Ainda, o ANZ projeta que problemas de oferta devem afetar os preços do cobre, após o Chile – maior produtor global da commodity – registrar a menor produção mensal em mais de um ano.
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Entre outros metais negociados na LME, a tonelada do alumínio subia 0,28%, a US$ 2.662,50; a do chumbo avançava 0,51%, a US$ 2.285,00; a do níquel recuava 0,87%, a US$ 19.465,00; a do estanho cedia 0,52%, a US$ 32.440,00; e a do zinco tinha baixa de 1,52%, a US$ 2.939,50.