O cobre fechou em queda de aproximadamente 3% nesta terça-feira (3), pressionado pela deterioração nas perspectivas de demanda global pela commodity. Hoje, dados americanos de indústria e construção renovaram preocupações com a atividade econômica dos EUA, enquanto analistas cortaram projeções para a China, resultando em sinais negativos das duas maiores economias do planeta.
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O cobre para setembro fechou em queda 2,84%, a US$ 4,1495 a libra-peso, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), na volta de feriado dos EUA. O cobre para três meses era negociado com baixa de 2,45%, a US$ 8.991,50 a tonelada, na London Metal Exchange (LME), por volta das 14h30 (de Brasília).
O cobre operou sob forte pressão desde a manhã, com o retorno do feriado nos EUA trazendo mais liquidez para as negociações. O movimento refletiu preocupações com a demanda, após o Goldman Sachs cortar projeções para os preços do cobre até o fim do ano, de US$ 15 mil para US$ 10,1 mil por tonelada no contrato para três meses negociado na LME. Em nota, o banco americano citou que os estoques do metal continuam elevados na China, diante de um setor imobiliário ainda frágil, indicando demanda fraca do gigante asiático que já representou dois terços do consumo global de commodities.
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E enquanto alguns analistas apontam a possibilidade de recuperação nos preços frente a eventual corte de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), o ressurgimento de preocupações com a economia americana intensificou ainda mais as perdas do cobre nesta sessão. Dados de indústria e construção dos EUA vieram abaixo do esperado, o que, para a Pantheon, pode provocar efeitos de baixa na atividade econômica americana no terceiro trimestre.
A queda do preço do cobre ocorre também em meio a uma liquidação mais ampla no complexo de metais básicos. O valor estimado das posições em aberto dos fundos de hedge caiu em US$ 5,8 bilhões, ou 3,3% na semana, na última semana de agosto, segundo cálculos do JPMorgan, com fluxos de saída baseados em contratos em todo o setor totalizando US$ 4,8 bilhões, distribuídos entre cobre, chumbo e níquel.
Entre outros metais negociados na LME, no horário citado, a tonelada do alumínio cedia 0,31%, a US$ 2.416,50; a do níquel tinha baixa de 1,14%, a US$ 16.480,00; a do estanho caía 1,60%, a US$ 30.775,00. Na contramão, a tonelada do chumbo subia 0,10%, a US$ 2.064,00, e a do zinco avançava 0,34%, a US$ 2.843,00.