Os contratos futuros de cobre fecharam em queda acima de 2% nesta terça-feira (4), em uma persistência no cenário de correção após a renovação recente de recordes históricos dos preços do metal. Em Londres, o resultado foi a commodity perdendo a marca de US$ 10 mil por tonelada. Analistas avaliam que as expectativas para déficit do mercado tenham sido exageradas, uma vez que a atividade global não demonstrou muitos sinais de recuperação, inclusive registrando alguma fragilidade nos últimos dias.
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Na Comex, a divisão de metais da New York Mercantile Exchange, o cobre para julho fechou em baixa de 2,80%, a US$ 4,5370 por libra-peso. Na London Metal Exchange (LME), o metal para três meses recuava 2,67%, a US$ 9.921,00 por tonelada, por volta das 14h05 (de Brasília).
“Os preços do cobre estão sob pressão desde que atingiram um novo máximo histórico em meados de maio. O mercado mostrou sinais de sobreaquecimento durante esta corrida, que foi alimentada pelos primeiros sinais de uma recuperação industrial global, e resultou num posicionamento cada vez mais unilateral de alta dos traders especulativos no mercado de futuros”, afirma o Julius Baer. “Consequentemente, não demorou muito para interromper a execução do recorde. A produção chinesa de cobre refinado continua crescendo de forma sólida, o que contrasta com os rumores de cortes de capacidade devido à falta de rentabilidade que ouvimos antes”, aponta o banco.
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“O mercado do cobre parece mais suficientemente abastecido do que alguns traders esperavam. Isto deve-se sobretudo ao fato de a recuperação da indústria transformadora mundial ainda não ter começado. Até agora, apenas observamos a melhoria dos indicadores avançados, sinalizando o início de tal recuperação ainda este ano”, aponta.
“Assim, na nossa opinião, uma rápida recuperação dos preços do cobre parece improvável e esperamos que o mercado se consolide durante os meses de verão do Hemisfério Norte. As nossas perspectivas a longo prazo permanecem positivas, impulsionadas pelo crescimento estrutural da procura resultante da transição energética e pelo abrandamento do crescimento da oferta devido ao anterior subinvestimento”, projeta o Julius Baer.
Entre outros metais negociados na LME, a tonelada do alumínio caia 0,26%, a US$ 2.657,00; a do chumbo recuava 1,77%, a US$ 2.244,00; a do níquel recuava 2,73%, a US$ 19.045,00; a do estanho cedia 0,99%, a US$ 31.995,00; e a do zinco tinha baixa de 0,51%, a US$ 2.922,00.