O cobre fechou em baixa nesta quarta-feira (4), em meio a preocupações sobre possíveis efeitos de juros elevados na atividade econômica global e, por consequência, na demanda por commodities. A intensa queda do petróleo também contribuiu para o movimento dos metais básicos.
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Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre com entrega prevista para dezembro cedeu 0,88%, a US$ 3,5890 por libra-peso, após atingir menor nível desde maio deste ano na mínima a US$ 3,5490. Na London Metal Exchange (LME), a tonelada do metal para três meses recuava 0,86% por volta de 14h20 (de Brasília), a US$ 7.940,00, após cravar mínima intradiária de US$ 7.880,00, no menor nível desde abril de 2023.
Commodities foram abaladas nesta quarta-feira por ponderações sobre os próximos passos de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco centra dos Estados Unidos) e os níveis elevados dos juros de títulos globais, em especial dos rendimentos dos Treasuries. Em nota, a CMC Markets analisa que a fraqueza no petróleo, assim como em preços de metais básicos, ocorre por preocupações sobre os possíveis efeitos dos juros elevados na atividade econômica global, o que poderia impactar a demanda dos bens. “Os preços do cobre chegaram a atingir seus níveis mais baixos neste ano”, destaca a consultoria.
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Em relatório, o TD Securities avalia que os “preços do cobre estão particularmente vulneráveis”. Na visão do banco, o movimento reflete também a retirada do “prêmio idiossincrático que havia sido embutido ao longo do ano sob otimismo com a reabertura da China e estímulos subsequentes”. “Ao mesmo tempo em que isso deve ajudar a reequilibrar os preços do cobre, também está pesando sobre as tendências da demanda e levando ao maior excedente de oferta esperado em anos”, nota o TD.
Entre outros metais negociados na LME, no horário citado, a tonelada do níquel computava queda de 0,24%, a US$ 18.605,00. O contrato do alumínio tinha variação negativa de 1,83%, a US$ 2.250,00 a tonelada, e a do estanho tinha perda de 0,06%, a US$ 23.895,00. A cotação do zinco caía 0,62%, a US$ 2.499,50 a tonelada. O contrato do chumbo era negociado a US$ 2.112,00, com desvalorização de 0,45%.