O cobre fechou em forte alta nesta sexta-feira (04), de mais de 7%, variação também vista no acumulado semanal da commodity em Nova York. O movimento brusco de hoje ocorreu à medida que investidores se animaram com novos rumores sobre autoridades chinesas planejando flexibilizar regras contra a covid-19 no país. O enfraquecimento acentuado do dólar no mercado cambial também favoreceu o metal básico, já que o tornou mais barato e, portanto, atraente a detentores de outras divisas.
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Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre para dezembro saltou 7,57% hoje e 7,51% na semana, a US$ 3,6865 por libra-peso. Na London Metal Exchange (LME), a tonelada do metal para três meses tinha ganhos de 7,08% às 14h30 (de Brasília), com alta semanal de 7,18%, cotada a US$ 8.100,50.
O primeiro fator a impulsionar metais industriais hoje foi a percepção de que a demanda da China, principal importador dessas commodities, pode melhorar com possíveis flexibilizações de regras para conter o alastramento da covid-19. Segundo reportagem da Bloomberg, Pequim trabalha em planos para acabar com um sistema que penaliza companhias aéreas por trazerem casos de covid-19 para o país. Já o Financial Times informou que o governo chinês pode reabrir suas fronteiras com Hong Kong no começo de 2023, com mais flexibilização dos controles com outras fronteiras internacionais a seguir, segundo falas do ex-chefe do Centro de Controle e Prevenção de Doenças da China, Zeng Guang, que circulam em redes sociais.
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Contudo, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, voltou a negar os rumores. A falta de clareza quanto aos critérios da política de covid-zero e a abundância de rumores tem deixado investidores chineses incertos.
Na avaliação da Capital Economics, na ausência de declarações oficiais que confirmem flexibilizações das medidas, é improvável que a postura mais rígida contra a doença seja abandonada por Pequim tão cedo. Sendo assim, metais industriais devem voltar a cair na semana que vem, prevê.
Além da China, o foco ficou no relatório de empregos dos EUA de outubro, que mostrou geração de vagas e aumento da taxa de desemprego acima do previsto. O dólar reagiu em forte queda ante moedas rivais, apoiando a demanda por metais básicos e outros commodities cotadas na divisa americana.
Entre outros metais negociados na LME sob mesmo vencimento, no horário citado, a tonelada do alumínio subia 4,18%, a US$ 2.355,00; exceção, a do chumbo recuava 1,24%, a US$ 1.984,00; a do níquel ganhava 3,85%, a US$ 23.625,00; a do estanho disparava 7,55%, a US$ 18.875,00; e a do zinco tinha alta de 6,67%, a US$ 2.894,50.
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