O cobre fechou em queda nesta quinta-feira (6), acompanhando movimento que pressionou boa parte das commodities, ao passo que o mercado se afasta de ativos de risco após dados reforçarem a expectativa de mais aperto monetário pelo Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA).
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Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre com entrega prevista para julho fechou em queda de 0,90%, a US$ 3,7345 por libra-peso. Na London Metal Exchange (LME), a tonelada do metal para três meses operava em baixa de 0,76% por volta de 14h40 (de Brasília), a US$ 8.278,50.
Hoje, um conjunto de dados sobre mercado de trabalho nos Estados Unidos renovou expectativas por mais aperto monetário no país, impulsionando uma fuga de ativos de risco e reduzindo a atratividade de commodities, entre elas o cobre. Segundo o Citi, um mercado de trabalho muito apertado é inconsistente com a meta do Fed de manter a inflação em 2% e suporta a possibilidade de novas altas de juros em julho e setembro.
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Em evento nesta manhã, a presidente da distrital do Fed de Dallas, Lorie Logan, comentou que será necessário mais do que um reequilíbrio moderado nos indicadores econômicos para que a inflação retorne à meta de forma sustentada. Logan também defendeu que, para atingir o objetivo e controlar os preços, o BC americano terá que elevar as taxas a um nível mais restritivo.
Neste cenário, o crescimento do setor de serviços americano em junho – apontado por leituras do índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) feitas pela S&P Global e pelo ISM – ficou em segundo plano, apesar de indicar resiliência da economia.
Ainda no radar dos investidores, a secretária do Tesouro americano, Janet Yellen, chegou à Pequim e deve se reunir com autoridades chinesas para discutir as tensões comerciais entre EUA e China. A viagem ocorre em meio a troca de sanções entre as duas maiores economias do planeta sobre metais e tecnologias importantes para produção de semicondutores.
Entre outros metais negociados na LME sob vencimento de três meses, no horário citado, a tonelada do alumínio cedia 0,16%, a US$ 2.133,50; a do chumbo recuava 0,44%, a US$ 2.056,50; a do níquel subia 0,09%, a US$ 21.210,00; a do estanho operava em alta de 3,19%, a US$ 28.440,00; e a do zinco tinha alta de 0,74%, a US$ 2.371,50.
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