O cobre fechou em queda nesta terça-feira (7), após recuo nas exportações da China e sinais de enfraquecimento da economia da Europa reforçarem preocupações sobre a demanda global por commodities. O metal também teve atratividade deteriorada pela força do dólar no exterior, o que o torna mais caro para detentores de outras divisas.
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O cobre para dezembro fechou em queda de 1,07%, a US$ 3,6790 a libra-peso, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex). Às 15h10 (de Brasília), o cobre para três meses também caía 0,68%, a US$ 8.191,00 a tonelada, na London Metal Exchange (LME).
As exportações mais fracas do que o esperado na balança comercial da China alimentaram temores de que a economia global está entrando em território de estagflação, com poucas chances de melhora, avalia a CMC Markets.
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Em relatório, o ING pondera que: se por um lado as importações de cobre apontam um fortalecimento positivo da demanda doméstica chinesa, por outro o enfraquecimento das exportações pode pesar no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da China. “A questão é sobre qual dado você coloca mais peso”, afirma o banco holandês, acrescentando que são necessários mais dados para projetar “conclusões firmes”.
Analisando pela perspectiva positiva, o ANZ nota que o número de importações da China em outubro confirmam uma nova aceleração da economia, em especial com crescimento da demanda no setor de transição energética, o que manteve elevada a importação de commodities industriais.
Contribuindo para preocupações sobre a demanda global, a produção industrial da Alemanha caiu 1,4% em outubro, acima do esperado e reforçando dados anteriores que indicaram enfraquecimento do setor. Para o ING, os números sinalizam possível revisão para baixo do PIB alemão do terceiro trimestre e recessão técnica no fim deste ano. Ainda, o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) da zona do euro recuou 12,4% na taxa anual em setembro. Vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos projetou hoje que a economia europeia deve contrair ou estagnar no quarto trimestre de 2023.
Entre outros metais negociados na LME, a tonelada do alumínio recuava 0,66% no horário citado, a US$ 2.271,00; a do chumbo tinha alta de 0,34%, a US$ 2.193,50; a do níquel desvalorizava 2,47%, a US$ 17.965,00; a do estanho tinha alta de 0,26%, a US$ 24.810,00; e a do zinco operava estável, a US$ 2.567,50.
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