Os contratos futuros de cobre fecharam em alta hoje, recuperando partes das perdas da última sessão, apesar de um dólar fortalecido, o que pressiona o metal, cotado na moeda americana. No entanto, a semana foi de baixa para a commodity, observando especialmente dados da economia chinesa.
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Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre para julho encerrou os negócios com alta de 0,50%, a US$ 3,7285 por libra-peso. Na semana, houve queda de 3,98%. Já na London Metal Exchange (LME), por volta das 14h00 (de Brasília), o cobre para três meses avançava 0,71%, a US$ 8247,00 por tonelada. Na semana, houve recuo de 3,80%.
O Julius Baer aponta que o rali de reabertura da China nos mercados de metais industriais foi totalmente revertido após dados econômicos decepcionantes nesta semana. Olhando para os últimos quatro meses desde a reabertura, “vimos principalmente um ciclo de sentimento nos mercados de metais, enquanto o cenário fundamental quase não mudou”, avalia. “Especificamente para o cobre, reconhecemos uma perspectiva cíclica desafiadora de curto prazo, mas reiteramos nossa visão positiva de longo prazo”, projeta.
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O Senado do Chile aprovou um projeto de lei que aumenta os impostos sobre os produtores de cobre e o encaminhou para a Câmara dos Deputados, o que significa que a lei está a um passo de ser aprovada. Ela entraria em vigor a partir do próximo ano e aumentaria significativamente a carga tributária das mineradoras. O Commerzbank lembra que as empresas chilenas alertam que o novo imposto prejudicaria sua competitividade em um momento em que já estão lutando contra o declínio do teor de minério, o que significa que investimentos em novos projetos de mineração seriam necessários para aumentar a produção e compensar qualquer escassez de oferta de longo prazo.
No entanto, esses desenvolvimentos não são capazes de dar muito suporte ao preço do cobre no momento, porque as preocupações com a demanda estão pesando mais do que a possibilidade de gargalos de oferta a longo prazo, avalia o banco alemão. Além disso, a produção de mineração no Peru, o segundo maior produtor de cobre, recuperou-se em março em significativos 14% em relação ao mês anterior e 20% em relação ao ano anterior, indica.
Entre outros metais negociados na LME, também no horário citado acima, a tonelada do alumínio subia 0,71%, a US$ 8.247,00; a do níquel avançava 1,71%, a US$ 22.245,00; a do estanho tinha baixa de 2,13%, a US$ 24.830,00; a do zinco operava em alta de 0,69%, a US$ 2.561,00; e a do chumbo registrava queda de 1,45%, a US$ 2074,50.