O cobre recuou pela segunda sessão seguida nesta quarta-feira (14), diante da incerteza sobre a demanda após o mercado voltar a precificar um início menos agressivo de relaxamento monetário pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) na sequência do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) em linha com o esperado. O metal reverteu ganho inicial, quando abriu assimilando notícias sobre disputa trabalhista na maior mina do insumo no mundo. Os demais insumos metálicos tiveram desempenhos mistos.
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O cobre para setembro cedeu 0,28%, a US$ 4,0400 a libra-peso, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex). O cobre para três meses era negociado com baixa de 0,33%, a US$ 8.949,00 a tonelada, LME por volta das 14h03 (de Brasília).
O CPI em linha levou o mercado a ampliar a chance de o BC americano cortar as taxas de juros em 25 pontos-base (pb) na decisão de setembro, enquanto a probabilidade de um relaxamento mais incisivo poderia dar mais ímpeto para a economia e demanda de commodities.
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O cobre chegou subir mais cedo diante da apreensão com o conflito trabalhista na mina de Escondida. As negociações salariais na mina administrada pela BHP no deserto do Atacama, no Chile, terminaram sem acordo, desencadeando uma paralisação na tarde de ontem em uma operação que responde por cerca de 5% do fornecimento global de cobre. A BHP disse que Escondida continua operando sob planos de contingência. Espera-se que representantes da empresa e do sindicato retomem as negociações na quarta-feira no Chile.
O impacto no mercado de cobre dependerá da duração da greve, disse o estrategista sênior de commodities do BNP Paribas, David Wilson. Se durar alguns dias, o estoque de reserva de concentrado de cobre deve cobrir quaisquer perdas potenciais de produção, mas esses estoques são finitos. Se a greve durar um mês ou mais, os mercados podem ficar mais nervosos com um aumento de preço consequente, como demonstrado em 2017, quando Escondida enfrentou uma greve de 44 dias, acrescentou Wilson.
Ainda na LME subiam no horário acima, o zinco registrava alta de 0,71%, a US$ 2.704,00 a tonelada, e o chumbo subia 1,66%, a US$ 2.018,00. O estanho tinha variação de 0,04%, a US$ 31.400,00. A tonelada do alumínio tinha alta de 0,04%, a US$ 2.329,00 e a do níquel cedia 1,1%, a US$ 16.220,00.
Com informações da Dow Jones Newswires
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