O cobre fechou em alta robusta nesta quinta-feira (14), após o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) manter taxas de juros inalteradas, mas sinalizar possibilidade de cortes em 2024. Analistas apontam que o discurso “dovish” do Fed abriu espaço para uma “onda de compras” entre ativos.
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Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre com entrega prevista para março de 2024 fechou em alta de 2,77%, a US$ 3,8925 por libra-peso. Na London Metal Exchange (LME), a tonelada do metal para três meses avançava 2,45% por volta de 15h (de Brasília), a US$ 8.543,00 por tonelada.
Os mercados foram “incendiados” nesta quinta-feira graças ao discurso dovish do presidente do Fed, Jerome Powell, avalia a Marex. Segundo a consultoria, Powell deu início a uma “onda de compras” ao sinalizar que o BC americano pode cortar juros ao longo de 2024, o que beneficiou principalmente o mercado de metais básicos.
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Em nota, o TD Securities afirma que o Fed deu uma “luz verde pragmática para a precificação já agressiva do mercado para cortes de juros” no próximo ano, dando espaço para que o rali de todos os ativos continue por algum tempo. E especificamente sobre o cobre, o banco de investimentos espera um “programa de compra massivo” que reverta a fraqueza exagerada dos preços em relação aos temores sobre recuperação da China. “O sentimento de fraqueza generalizada tem pesado sobre o complexo de metais básicos há meses, apesar das evidências de que os fundamentos estão se fortalecendo – especialmente nos mercados de cobre, após o fechamento de uma das maiores minas do mundo e revisões adicionais em larga escala da orientação de produção”, observa o TD.
Analistas consultados pelo Wall Street Journal avaliam que, apesar da volatilidade em 2023, a perspectiva para o cobre é levemente mais positiva para 2024, ante expectativa de relaxamento monetário das economias desenvolvidas, movimentos do dólar, demanda por transição energética e aperto na oferta. ” “O grau de aperto do mercado e a reação dos preços estão fortemente ligados à evolução do cenário macroeconômico”, afirmou a analista de metais básicos do Standard Chartered, Sudakshina Unnikrishnan. “A demanda continua sendo o grande ponto de interrogação, já que o mercado pode se sentir confortável mesmo com uma oferta mais restrita se a demanda continuar fraca e o cenário de crescimento global continuar desafiador.”
Entre outros metais negociados na LME sob vencimento de três meses, no horário citado, a tonelada do alumínio subia 2,80%, a US$ 2.205,00; a do chumbo avançava 1,52%, a US$ 2.071,50; a do níquel valorizava 3,75%, a US$ 17.015,00; a do estanho tinha alta de 2,46%, a US$ 25.410,00; e a do zinco ganhava 1,85%, a US$ 2.484,00.
Com informações da Dow Jones Newswires
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