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Cobre fecha em queda com projeções piores para China e cautela nos EUA

Os negócios com as commodities também acompanharam a repercussão do atentado contra Donald Trump

Cobre fecha em queda com projeções piores para China e cautela nos EUA
Foto: Envato Elements

O cobre fechou em baixa nesta segunda-feira (15) com dados econômicos aquém do esperado na China impedindo o prolongamento da recuperação de preços vista na última sessão da semana passada. Outros metais de aplicação industrial foram igualmente pressionados. Os negócios com as commodities também acompanharam a cautela do mercado amplo depois do atentado contra o ex-presidente americano Donald Trump.

O cobre para setembro fechou em baixa de 1,44%, em US$ 4,5265 a libra-peso, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), após o metal ter alta de 1,91% na sexta-feira. Às 14h08 (de Brasília), o cobre para três meses recuava 1,03%, a US$ 9.774,00 a tonelada, na London Metal Exchange (LME).

O crescimento do PIB da China abaixo do esperado no segundo trimestre levou alguns bancos a revisarem em baixa os prognósticos para o ano. O Barclays reduziu sua projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) de 5% para 4,8%. O Goldman Sachs cortou levemente sua previsão para o avanço do PIB da China este ano, de 5% a 4,9%. Os indicadores antecedem a Terceira Plenário do governo chinês, que teve início nesta semana, ampliando o debate sobre se o país promoverá novos estímulos.

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Os traders aguardavam por sinais de estímulo adicional para virar a maré em relação aos metais, segundo a TD Securities. Embora a Terceira Plenária prometa oferecer informações adicionais sobre reformas estruturais, não é o local típico para anúncios de política fiscal em grande escala, escreveram analistas da corretora. A TD Securities identificou ainda que os mercados de alumínio pareciam, particularmente, vulneráveis a uma correção desencadeada por algoritmos.

O dólar, que habitualmente tem correlação inversa aos preços dolarizados de commodities, em meio à reação ao atentado contra o ex-presidente Trump no sábado, que ampliou as chances de vitória do republicano nas eleições presidenciais, conforme pesquisas recentes e analistas.

Entre outros metais negociados na LME, no horário citado, a tonelada do alumínio cedia 1,18%, a US$ 2.460,00; a do chumbo recuava 1,11%, a US$ 2.189,50; a do níquel tinha baixa de 0,65%, a US$ 16.815,00; a do estanho caía 1,34%, a US$ 33.120; e a do zinco subia 0,22%, a US$ 2.957,00.